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Brasil só elevará exportacões de lácteos no longo prazo

Data: 03/05/2011 00:00

O setor de lácteos no Brasil tem em mãos um plano que busca ampliar o espaço do país nas exportações mundiais desses produtos, mas especialistas alertam que isso só deverá ocorrer de médio a longo prazo.

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) preparou o estudo, em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que já foi enviado para a Agência Brasil de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), disse à Reuters um representante da organização que reúne as cooperativas do país.

"Elaboramos um planejamento estratégico para determinar mercados prioritários, que já foi enviado para a Apex, e agora esperamos pela avaliação deles", disse Evandro Ninaut, gerente de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Segundo ele, se aprovado, este planejamento deve gerar um Programa Setorial Integrado (PSI), que definirá sete a oito mercados prioritários e as dificuldades e oportunidades para os produtos lácteos brasileiros.

"As discussões são iniciais, mas (o plano) não deve ficar restrito a cooperativas e pequenos produtores. Pretendemos ter várias reuniões com empresas até o final do ano", afirma Ninaut.

O MDA deu o passo inicial por conta do peso dos pequenos e médios produtores, que representam cerca de 80 por cento do setor. Já a OCB foi incluída porque as cooperativas também têm atuação expressiva, sendo responsáveis por 40 por cento, ou cerca de 8,4 bilhões de litros produzidos em 2010 (muitos dos pequenos e médios produtores são associados às cooperativas).

Ninaut lembra que antes as cooperativas tinham até 70 por cento do setor, mas a partir de meados dos anos 90 perderam espaço com a entrada de multinacionais.

"Umas quebraram e outras foram incorporadas. Isso fez reduzir o número de cooperativas. E a tendência é que elas se tornem cada vez mais fortes", afirmou Ninaut, referindo-se ao movimento que pode ajudar no ganho de escala e preparar o setor para atuar no mercado externo.

A OCB aposta na África, Oriente Médio e, em menor escala, a Ásia, como mercados potenciais e aponta mais dificuldades para entrar na União Europeia e Estados Unidos. (Reuters)

 

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