A forca do cooperativismo de crédito
Data: 22/11/2018 00:00
Autor: OCB
Brasília (20/11/18) - Mais de 9,5 milhões de pessoas em todo o país já conhecem as vantagens de se fazer parte de uma cooperativa de crédito. O número é da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) que estará em Florianópolis (SC) entre os dias 21 e 23 de novembro, participando da 12ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito (Concred). O evento é promovido pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras).
O evento tem como tema central Cooperativismo de Crédito: Protagonismo e Sinergia em Cenários de Mudança e servirá de cenário para debates que envolvem todos os integrantes do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). Atualmente, o país conta com 929 cooperativas de crédito.
O Concred celebrará, ainda, a força do cooperativismo de crédito. Segundo dados do Banco Central, a adesão de pessoas físicas ao SNCC aumentou 76% entre 2010 e 2017. A procura foi ainda maior por pequenas e microempresas. O crescimento da carteira de pessoas jurídicas, verificado no mesmo período, foi de 120%.
“As cooperativas de crédito representam a segunda maior rede de atendimento financeiro no Brasil. São mais de 5.800 pontos em todo o país, sendo que em 620 municípios a cooperativa é a única instituição com presença física. Além disso, são responsáveis pela inclusão financeira de milhões de pessoas, uma vez que 70% de seus empréstimos têm valores abaixo de R$ 5 mil, demonstrando o foco das cooperativas no microcrédito”, comenta o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile.
Para ele, a confiança e a credibilidade dos serviços são os principais motivos para que esse modelo de negócio seja bem percebido pela sociedade, formada por pessoas cada vez mais preocupadas com o impacto de seu consumo.
Um dos fatores que impulsionou, ainda mais, a solidez da atividade foi a criação do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), em 2014, e que permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos nas cooperativas singulares de crédito e nos bancos cooperativos, até o valor de R$ 250 mil, em caso de intervenção ou liquidação extrajudicial.
Além do sistema de garantias e da própria regulação do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional, as cooperativas de crédito facilitam o acesso de pequenos e microempreendedores. Ao optar por esse modelo, o cliente torna-se um cooperado ou, em outras palavras, dono do negócio.
Vale destacar que o SNCC possui um portfólio completo e compatível com as demandas de seus cooperados, ou seja, as cooperativas de crédito atuam com todos os produtos e serviços dos grandes bancos de varejo, mas com uma precificação bem mais justa.
O superintendente Renato Nobile apresentará a palestra “O futuro do cooperativismo começa hoje”, na sexta-feira, dia 23/11, durante o Concred. O Sistema OCB terá um estande no evento para promover o Movimento SomosCoop.
Nobile vai abordar as perspectivas do movimento para os próximos anos. “Nosso foco sempre será o cooperado. Queremos acompanhar o mercado para ampliar os negócios, com custo adequados e juros reduzidos, para entregar os melhores produtos com o viés digital sem, no entanto, deixar de lado o atendimento presencial”, afirma.
Dentro do cenário que discute os novos rumos das cooperativas diante do perfil mais arrojado do consumidor brasileiro, fica claro que a inovação é um pilar importante já que o cooperativismo tem buscado soluções para atingir também um público empreendedor mais jovem.
Dados do Banco Central também revelam que Santa Catarina apresenta a mais expressiva participação no cooperativismo de crédito de todo o país. “Considerando o volume de crédito, dentro da modalidade de empréstimo sem consignação, a atividade cooperativista representa 56% das operações”, afirma Renato Nobile. Para ele, a pujança do modelo do estado de Santa Catarina se deve à tradição do movimento do cooperativismo na região.
Outro dado bastante relevante, segundo a liderança cooperativista, diz respeito à captação de depósitos, indicador que traz SC para o topo da lista com 24,4% do market share. “Acredito que a própria história de Santa Catarina possa explicar essa conjuntura. É algo que está fortemente presente no dia a dia das pessoas que vivenciam, na prática, o valor de cooperar uns com os outros”, afirmou.
Somos um Sistema composto por três instituições: OCB, Sescoop e CNCoop. Temos uma unidade em cada estado do Brasil e, também, no Distrito Federal. Nosso papel? Trabalhar pelo fortalecimento do cooperativismo brasileiro. A OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) cuida da representação institucional junto aos Três Poderes. O Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo) é responsável pelas ações de desenvolvimento das cooperativas, cooperados e empregados, com foco em formação profissional, promoção social e monitoramento. E a CNCoop (Confederação Nacional das Cooperativas) completa o tripé, com a representação sindical patronal do movimento. Focos distintos e complementares, que fazem a soma dessas forças resultarem na potencialização de um setor essencial para a economia e a sociedade brasileiras.
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