Atuacão feminina no agronegócio cresce a cada ano
Data: 06/03/2015 00:00
Autor: Gabriela Borsari
Nas últimas décadas, as mulheres avançaram em todos os setores, inclusive no agronegócio. Elas ainda são minoria, mas a cada ano aumenta o número de mulheres que enfrentam o desafio de atuar no setor.
Um estudo da FAO, órgão das Organizações das Nações Unidas (ONU), mostra que de 100 agricultores no Brasil, 13 são mulheres. Este mesmo levantamento traz que o percentual de mulheres responsáveis por atividades agropecuárias na América Latina e Caribe tem crescido nos últimos anos, embora suas terras tendam a ser menores, de menor qualidade e de terem menor acesso ao crédito, à assistência técnica e à capacitação.
O país que lidera a lista é o Chile, com 30% de suas atividades agrícolas a cargo de mulheres, seguido pelo Panamá (29%), Equador (25%) e Haiti (25%). Os países nos quais há um menor percentual de atividades agropecuárias a cargo das mulheres são Belize (8%), República Dominicana (10%), El Salvador e Argentina (ambos com 12%), seguidos do Brasil. Esses dados demonstram que as mulheres estão tendo cada vez mais autonomia econômica.
Outros órgãos também mensuram a participação das mulheres no meio rural. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres constituem cerca de 43% da mão de obra agrícola nos países em desenvolvimento e mais de 70% da força de trabalho em algumas economias baseadas fundamentalmente na agricultura. Além de trabalhar como agricultoras, trabalhadoras assalariadas e empresárias, as mulheres rurais também assumem, de maneira desproporcional, a responsabilidade do cuidado das crianças e dos idosos.
Na gestão das propriedades rurais, as mulheres ainda têm pouco espaço, mas vem aumentando gradativamente. Pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio (ABMR&A) mostra que as mulheres já são as responsáveis por 10% das propriedades, ante 3% em 2003 e 7% em 2008.
Todas essas pesquisas só mostram que o papel da mulher no agronegócio vem ganhando força, ainda mais pelo fato das mulheres passarem mais tempo na escola, boa parte dos profissionais das áreas de veterinária, agronomia, administração, zootecnia, dentre outras, é composta por mulheres.
A maioria das mulheres que escolhe o agronegócio vem de famílias ligadas ao setor. Entretanto, não é apenas no campo que elas estão dominando. Atualmente, a figura feminina tem importante papel nos estudos e pesquisas, tornando-se ícone no agronegócio.
Com certeza, o agronegócio tem muito a ganhar com a atuação das mulheres, que possuem as mesmas habilidades que podem agregar ao negócio. Ainda há preconceito na área, mas é uma barreira que vem sendo combatida ao longo dos anos.
Fonte: Rural Centro
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