COAMO I: Boas práticas de uso dos defensivos agrícolas
Data: 11/09/2018 00:00
Autor: OCB/MS
Quem é do campo sabe muito bem que os defensivos agrícolas são avanços tecnológicos. São fruto da pesquisa agronômica que além do desenvolvimento das tecnologias se preocupa em formas de manejo consciente, para que tanto o agricultor que aplica, quanto o consumidor final não sofram danos.
Diferencial - A parceria da cooperativa com a pesquisa é mais um diferencial que garante aos produtores rurais o conhecimento necessário para o manejo adequado nas lavouras. No caso da Coamo, a preocupação é tanta que a cooperativa desde a sua fundação conta com um laboratório a céu aberto próprio: a Fazenda Experimental, para validar as tecnologias e capacitar agrônomos e cooperados para o correto manejo.
Exemplos - Com esse cenário, os mais de 28 mil cooperados da Coamo são exemplos em manejo consciente, devolução das embalagens vazias de defensivos e uso de equipamentos de proteção individual e coletiva. São práticas que tornam o agricultor um profissional responsável economicamente, ambiental e social.
Boas práticas - Doraci Teresinha Kunz Pavelegini, de Mangueirinha (Sudoeste do Paraná), é cooperada da Coamo e exemplo quando o assunto é a realização de boas práticas de produção. “Utilizamos os defensivos agrícolas de acordo com a recomendação técnica que recebemos da Coamo, uma cooperativa preocupada com o manejo correto. Agimos de acordo com essas orientações, visando, além da preservação do meio ambiente, que é o maior bem que temos, a redução de custos.”
Ferramenta de apoio - A aplicação consciente de defensivos agrícolas, para Dona Dorinha, como é conhecida, é uma ferramenta de apoio ao agricultor. “Nós que somos do campo queremos produzir, mas também cuidamos do meio ambiente que deixaremos para a geração futura. Além disso, o alimento que entregamos é para nosso consumo. Por isso, quando manejamos corretamente, estamos preservando a natureza e entregando alimentos saudáveis”, explica a cooperada.
Impossível produzir - Ela ainda destaca que sem o uso de defensivos seria impossível produzir. “Com todo respeito àqueles que defendem o não uso deles, mas sabemos que seria impossível produzir alimentos e suprir a demanda mundial sem essa ferramenta. Como sustentaríamos toda a população? ”, ressalta a agricultora.
Aprimoramento - Sempre presente em eventos técnicos da Coamo, dona Dorinha, ainda busca constantemente o aprimoramento de sua equipe. “Como fazemos parte da Coamo, uma cooperativa muito preocupada com o nosso desenvolvimento, sempre tem eventos para que possamos aprimorar as técnicas de produção. Toda as vezes que tem um treinamento nosso funcionário participa. Já estamos inscritos no próximo curso sobre Manejo Integrado de Pragas, mais uma forma de se manejar e reduzir o uso de defensivos.”
Orientações à risca - Outro cooperado que não abre mão de uma produção sustentável de alimentos é Ivo Gondolo, de Ipuaçu (Oeste de Santa Catarina). Ele segue as orientações técnicas da Coamo à risca. “A agricultura exige conhecimento para o momento certo para aplicação dos defensivos agrícolas. Para cada situação existe um produto e a quantidade ideal para se aplicar. Seguindo esses parâmetros não existe risco a nossa saúde e nem a do consumidor. ”
Conferência - No começo do dia, o cooperado confere cada bico da máquina de pulverização, avalia a vazão e limpa os filtros de cada tanque. São cuidados necessários para que a aplicação seja efetiva. “O objetivo é colocar a quantidade exata de agroquímicos, sem desperdício ou excesso. A aplicação precisa ser realizada de forma eficiente.”
Aumento da produção - Quanto ao aumento da produção, o cooperado destaca que é possível, e sem descuidar do manejo consciente. “Ano a ano, novas variedades surgem no mercado, permitindo o incremento da produção de uma forma sustentável. Basta se planejar e seguir o que o agrônomo nos recomenda. Por isso, não abro mão de participar nos eventos técnicos da cooperativa e de ouvir atentamente aquilo que o técnico repassa nas visitas a nossa propriedade”, destaca.
Meio ambiente - Orgulhoso por ser um produtor de alimentos, ‘seo’ Ivo salienta que o homem do campo é o primeiro a defender o meio ambiente. “É claro que aplicamos defensivos agrícolas, mas sempre seguindo as normas e padrões exigidos e com a orientação do agrônomo da Coamo. Isso prova que fazemos o uso moderado, pois além de garantir um alimento seguro, reduz os custos de produção.”
Manejo sustentável - Edelfonso Becker e Fernando Juliato Becker, pai e filho, trabalham juntos na propriedade da família localizada em Mamborê (Centro-Oeste do Paraná). Eles sabem que um manejo sustentável depende de conhecimento técnico e investimento. “Seguimos sempre as recomendações do departamento técnico. Mas, também é preciso ter máquinas que respondam às aplicações daquilo que você quer fazer, utilizar sementes de qualidade, a adubação recomendada para a área e ter uma equipe que corresponda a todo esse investimento fazendo o que é preciso e na hora certa”, afirma Edelfonso.
Produtor consciente - Ele também é um produtor consciente e preocupado com o resultado e impacto do seu trabalho. “O alimento que estou produzindo poderá ser consumido pelo meu filho, pai e mãe. Temos que produzir aquilo que estamos dispostos a consumir. Produzir com consciência.”
Legado - Edelfonso Becker, inclusive já repassa esse legado ao filho Fernando Juliato Becker. “Minha fase já está passando e a geração dos nossos filhos tem que vir com a consciência de produzir, preservando o meio ambiente.” O filho faz parte de uma nova geração de produtores rurais. Ele observa que essas práticas são fundamentais para perpetuar a atividade. “O agricultor não quer usar herbicida, ele precisa. Quanto menos usar é melhor, pois o custo é menor. Mas, a necessidade de alimentos no mundo está numa crescente, tão grande, que se não forem utilizadas todas as tecnologias disponíveis, em pouco tempo o mundo não terá alimento suficiente.”
Cooperando a favor do mundo - Jhony Moller, analista de desenvolvimento Técnico da Ocepar, avalia que o cooperativismo é um dos meios para que o agricultor trabalhe em favor de uma produção de alimentos consciente. “A cooperativa por meio do quadro técnico recomenda o uso de defensivos conforme a necessidade para cada situação. São realizadas avaliações in loco na propriedade dos cooperados e, conforme a necessidade, o agrônomo faz a recomendação para o controle daquela situação.”
Boas produtividades - De acordo com Moller é possível que o agricultor alcance boas produtividades sem agredir o meio ambiente. “O uso de defensivos agrícolas é aliado a outras práticas que a cooperativa também desenvolve como, por exemplo, o manejo integrado de pragas e a avaliação do uso de um produto químico específico para o controle da praga. Sem necessidade, não há a indicação”, explica.
Controle - “A produtividade que se alcançou hoje no país, pelo volume de produção, demandará em algum momento esse controle. Isso é necessário em razão de fatores que não temos interferência, como o clima, pragas, dentre outros. O que se precisa é uma avaliação técnica, e por meio de cooperativas como a Coamo, esse trabalho tem sido muito bem conduzido”, analisa Moller.
Ciência a favor da produção - Apesar de todos os esforços para a produção sustentável de alimentos, alguns setores tentam criminalizar a atividade agrícola que faz o uso de defensivos. O agricultor sabe que qualquer produto químico deve ser utilizado adequadamente, porém, a forma como se tem sido abordado o assunto por parte da mídia, passa a impressão de que a prática é negativa e prejudicial.
Análise crítica e ponderada - O pesquisador da Embrapa, Dionísio Gazziero, é defensor de uma análise crítica e ponderada sobre o assunto. “Sabemos que qualquer produto químico deve ser utilizado com muita cautela. Por isso insistimos no uso adequado desses produtos. Se utilizarmos corretamente, evitaremos ao máximo qualquer tipo de problema. Mas, a forma como se coloca a discussão parece que tudo que acontece de ruim no mundo é devido ao agrotóxico. Isso não é bem assim, a moeda tem dois lados e precisamos olhar cada lado para ver o que está acontecendo.”
País tropical - Gazziero explica que o Brasil por se tratar de um país tropical precisa de defensivos agrícolas para produzir alimentos. “Precisamos desses produtos para manter a agricultura no país. Por outro lado, precisamos ter muito cuidado e a maioria dos agricultores utilizam de forma consciente”, explica.
Orientação e preocupação técnica - Segundo Gazziero, a orientação e preocupação técnica vai desde o momento da colocação do produto no tanque, pois a manipulação realizada incorretamente pode ser perigosa principalmente para o próprio agricultor ou o aplicador. Outro ponto, é a aplicação conforme os períodos de carência. “Existem produtos, por exemplo, que precisamos esperar três a cinco dias para fazer a colheita. Existem outros produtos que precisamos esperar 30, 40, 70 dias. Então, precisamos respeitar esses períodos de carência e não só na soja ou no milho, mas principalmente nas hortaliças. Se o agricultor aplicar hoje algo que não poderia e colocar em comercialização amanhã, com certeza levará a mesa do consumidor um produto contaminado.”
Respaldo técnico - Porém, com muito respaldo técnico os agricultores que cumprem esses requisitos básicos, entregam produtos que não trazem problemas a saúde do consumidor e deles próprios. “A pesquisa, a cooperativa e a assistência técnica de uma forma geral tem como meta orientar os agricultores nesse sentido. Mas, é preciso também um entendimento do agricultor da importância de cada item apontado no sentido de utilizar corretamente cada um desses produtos”, esclarece o pesquisador.
Alavanca da economia - Orgulho para o Brasil, a agricultura tem sido uma das grandes alavancas da economia, conforme explica Gazziero. “A agricultura em nosso país é responsável por praticamente todo o sucesso que temos em nosso PIB [Produto Interno Bruto], ou seja, em nossa economia. Mas, parece que querem derrubar o que temos de bom nesse país. Temos sim o que melhorar. É preciso equilibrar as coisas, pois senão fica somente trabalhando e desgastando um lado quando na verdade temos que corrigir tudo que tem de errado. Devemos melhorar o nível cultural como um todo.”
Fundamental importância - Para Dionísio Gazziero, o trabalho da Coamo é de fundamental importância. “Os dias de campo que a cooperativa faz levando os agricultores até a Fazenda Experimental e reunindo os pesquisadores de diversos Estados, professores e os próprios técnicos da cooperativa, no sentido de tratar desses assuntos importantes na área da tecnologia, é fundamental. Mas, existem ainda outros trabalhos importantes feitos no dia a dia como a assistência técnica.”
Assistência em campo - As raízes da Coamo vêm do trabalho de extensão agrícola, ou seja, de atuação do agrônomo em campo, para orientar o cooperado sobre práticas e técnicas agronômicas. Assim, desde a sua fundação a Coamo realiza um importante trabalho de assistência técnica e difusão de tecnologias. Com a Fazenda Experimental, todo o trabalho é validado e repassado uniformemente a agrônomos e cooperados, com o respaldo de pesquisadores dos principais institutos de pesquisa do país.
Corpo técnico - A Coamo também conta com um dos maiores corpos técnicos do país. São mais de 260 engenheiros agrônomos, em toda a área de ação da cooperativa, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. “A Coamo dispõe de profissionais habilitados pelo conselho que rege a categoria, que é o Crea. Ou seja, há uma grande responsabilidade em cima destes técnicos”, explica Lucas Gouvea, chefe do Departamento de Suporte Técnico da Coamo.
Vistoria - Diante dessa responsabilidade e preocupação da Coamo para a realização de um trabalho de excelência, Gouvea esclarece que toda equipe técnica vistoria as áreas para obter um diagnóstico sobre a necessidade de aplicação dos defensivos agrícolas. “Tudo parte da visita que nossos agrônomos realizam em campo.”
Outra vertente - Contudo, Lucas Gouvea explica que outra vertente importante para este trabalho é o manejo integrado de pragas. “O diagnóstico, além de tudo, passa pelo MIP, que nada mais é do que as pragas chegarem a um nível de dano que justifique uma intervenção química. Essa prática é bastante difundida por todos os técnicos da Coamo.” Além disso, ele destaca que é preciso atentar-se a tecnologia de aplicação, que vem evoluindo ano após ano. “É uma prática comum, mas que tem princípios básicos. Primeiramente, o cooperado precisa ter controle da condição climática – ventos, umidade relativa do ar e temperatura - naquele momento da aplicação. Isso para que o produto possa realmente atingir o alvo, evitando problemas de deriva.”
Fazenda Experimental - O engenheiro agrônomo diz que um ponto importante e diferencial da Coamo é a Fazenda Experimental. “Em nosso laboratório a céu aberto, desenvolvemos trabalhos direcionados aos cooperados. Os produtos e serviços que temos a disposição dos associados, em algum momento, passaram pela Fazenda Experimental para validarmos. Levamos, assim, a certeza de que o que estão utilizando realmente trará um benefício.” (Imprensa Coamo)
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