Conheca as 17 maiores cooperativas agro do Brasil, segundo a Forbes
Data: 25/09/2019 00:00
Autor: Mundo Coop
Nos últimos oito anos, o número de cooperativas agro cresceu 4%, totalizando 1.613 cooperativas até 2018, segundo dados da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). São mais de 1 milhão de associados e quase 210 mil pessoas empregadas no setor.
Recentemente, a Revista Forbes Brasil elegeu as 50 maiores empresas do agronegócio brasileiro. E a surpresa da lista foi o número expressivo de cooperativas agro que faturam bilhões de reais e movimentam o campo e, principalmente, a economia do País.
Apresentamos quem são essas gigantes com um breve resumo de suas áreas de atuação, produção e resultados. São 17 cooperativas agro entre as 50 maiores empresas do agronegócio brasileiro, segundo a Forbes. Conheça quais são a seguir.
Com sede em São Paulo, atualmente a Copersucar tem receitas líquida na casa dos R$ 28,6 bilhões. Na última safra foram comercializados 4,5 milhões de toneladas de açúcar (sendo 1,6 milhão no mercado interno e 2,9 milhões enviados para o exterior) e 4,3 bilhões de litros de etanol (com a maior parte, 3,6 bilhões, permanecendo no Brasil).
A Cooperativa que iniciou suas atividades em 1959, consolidou sua imagem em 1979 de forma global, quanto teve uma equipe na Fórmula 1. A Copersucar Fittipaldi, foi uma parceria com os irmãos Emerson e Wilson Fittipaldi Jr.
Atualmente a cooperativa é a maior exportadora brasileira de açúcar e a maior plataforma global de biocombustíveis.
Hoje, a Coamo é responsável por cerca de 17% da safra paranaense e, 3,2% da produção nacional de grãos. Só em 2018, a cooperativa recebeu 7,20 milhões de toneladas de produtos entre soja, milho, trigo, café, e algodão em pluma.
A cooperativa fundada em 1970, em Campo Mourão (PR), também tem grande protagonismo no mercado internacional e no último ano atingiu recordes de produtos exportados. Foram 4,58 milhões de toneladas de comercializadas. Tal marca garante a Coamo a maior exportadora do Estado do Paraná e uma das maiores do Brasil com receitas globais de R$ 14,80 bilhões.
A Cooperativa Central Aurora Alimentos tem sua logomarca estampada no uniforme da Associação Chapecoense de Futebol, clube da primeira divisão do futebol brasileiro. A estratégia foi colocar em evidência a cidade de Chapecó (SC), onde fica a sede da empresa.
A empresa fundada em 1969, cresceu e, hoje, é a considerada o terceiro maior conglomerado industrial do setor de carnes, atingindo a receita operacional bruta de R$ 8,9 bilhões.
Esse resultado foi proveniente das atividades ligadas à produção e comercialização de carnes suínas, aves, lácteos, massas, vegetais e suplementos para nutrição animal.
A cidade de Palotina, no extremo este do Paraná e quase na fronteira com o Paraguai, teve uma ocupação bastante recente. Foi só nos anos 1950 que os primeiros moradores chegaram à região, então parte do município de Guaíra. Mas não demorou para que alguns produtores se organizassem diante da vocação agrícola da cidade, rica em terra roxa, solo conhecido por sua fertilidade. Já nos anos 1960 surgiam as primeiras cooperativas. Em 1963 era criada a Campal, com foco no negócio de armazéns. Logo a cooperativa expandiu sua atuação para Santa Catarina e Mato Grosso – e já com outro nome: Coopervale.
O baixo consumo nacional em 2017 afetou a C.Vale, mesmo com boa parte da sua produção voltada para exportação. No caso da carne de frango, as margens de lucro foram reduzidas. Houve também a retenção de 30% dos grãos de soja e milho nos armazéns – a C.Vale preferiu aguardar uma reação dos preços, que não aconteceu e limitou o crescimento da empresa a 1,22% (faturamento de R$ 6,8 bilhões em 2016 e R$ 6,9 bilhões em 2017). Hoje, a soja representa sua maior fonte de receitas, com 26% do total, seguida de frango e milho.
Pouco mais de 50 anos após a sua fundação, a Lar Cooperativa, se tornou a terceira maior cooperativa do Paraná. Com sede em Medianeira (PR), a cooperativa conta com um portfólio formado com cerca de 300 produtos diferentes, entre enlatados, congelados, cortes de frango e os grãos.
A maior parte do faturamento vem justamente do setor de carnes e grãos. Em 2018, a cooperativa superou os desafios e cresceu 26% em relação a 2017, chegando ao faturamento de R$ 6,38 bilhões.
Ela começou há 55 anos como cooperativa de produtores de arroz e hoje é uma das líderes em açúcar e pescados. “Camil” é acrônimo de Cooperativa Agrícola Mista Itaquiense Ltda. Ela iniciou suas operações em 1963 em Itaqui (RS), como uma cooperativa de produtores de arroz. A empresa não ficou restrita ao Rio Grande do Sul: aventurou-se em novos mercados não somente no Brasil, mas também na América do Sul, a partir da aquisição de marcas e estabelecimento de centros de distribuição. Sua sede fica, desde os anos 1990, em São Paulo.
O faturamento em 2017 foi de R$ 4,9 bilhões, com o processamento de grãos correspondendo a 64% da receita líquida, o açúcar a 25% e pescados a 11%. Apesar do resultado bilionário, o desempenho dos papéis da Camil foi considerado decepcionante após estrear na B3, com a ação cotada a R$ 9, inferior ao intervalo estimado entre R$ 10 e R$ 13.
A Cocamar surgiu como Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Maringá no início dos anos 1960, quando menos de 50 pequenos produtores de café decidiram se organizar para otimizar a produção. Em poucos anos, a empresa passou a diversificar seus negócios (começando pelo algodão) e adotou a sigla como nome.
Hoje, a cooperativa tem mais de 60 unidades operacionais em três estados (Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul) e produz de soja a laranja, além de uma linha de produtos que inclui ketchup e bebidas. Em 2018, faturou R$ 4,5 bilhões – e o objetivo para 2020 é chegar aos R$ 6 bilhões.
A Cooperativa Agroindustrial Consolata tornou-se uma das maiores exportadoras de frango do País e um dos principais players na área de piscicultura na América do Sul. Com linha de produtos próprios e uma rede de supermercados, a Copacol abrange desde a produção de grãos até suinocultura.
A cooperativa, que em 2018 completou 55 anos, com sede na cidade de Cafelândia, região Oeste do Paraná, abate anualmente mais de 143 milhões de aves, 40,9 milhões de peixes e 351,5 mil suínos. Além disso, produziu 11,1 milhões de litros de leite. Tal produção rendeu R$ 3,8 bilhões de faturamento.
Criada em 1932 como uma cooperativa de crédito agrícola, a Cooxupé (nome dado quando foi “abraçada” pelos cafeicultores de Guaxupé, em 1957) é uma das mais tradicionais do País. Hoje é uma das gigantes do ramo no Brasil com receita na ordem de R$ 3,79 bilhões.
Recebe café produzido nos mais de 200 municípios de sua área de ação, entre o sul de Minas Gerais e o Vale do Rio Pardo, em São Paulo. Com 14,5 mil associados (95% deles de agricultura familiar) e mais de 2.000 funcionários, a Cooxupé tem torrefação própria, fábrica de rações e laboratórios para análise de folhas e solos e geoprocessamento.
Com mais de 60 filiais, apoio técnico e estruturas para o atendimento das mais diversas culturas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, a Coopercitrus conta com uma carteira de associados de mais de 35 mil agropecuaristas. São produtores de diversas culturas como café, cana, citros, soja, milho, pecuária e hortifrúti.
A cooperativa que nasceu no interior de São Paulo em meados dos anos 1970, apostou em gestão e organização financeira nos últimos anos para se tornar a maior do país em insumos e máquinas. Em 2018 a cooperativa encerrou o ano com uma receita liquida de R$ 3,6 bilhões.
Quase um terço do malte das cervejas no País é fornecido pela Associação de produtores de Guarapuava, a Agrária. A cooperativa, atualmente com 630 produtores participantes, está localizada no distrito de Entre Rios, em Guarapuava (PR), onde estão as plantações, as três unidades de processamento de grãos e também seu sistema de armazenamento de 1,26 milhão de toneladas de cereais.
A cooperativa, que ultrapassou em 2018 os R$ 3,5 bilhões pela primeira vez na história, além da produção de malte, também desenvolve farinhas de trigo industriais para atender a indústria de biscoitos, massas e pães. A nutrição animal também é um dos focos da Agrária.
A Castrolanda está inserida nos mercados de carnes, leite, batata, feijão e sementes, com unidades industriais nos segmentos de carnes, leite e batata. Com sede em Castro (PR), a cooperativa fornece carne industrializada e in natura para grandes redes de lanchonetes do país, como Outback, McDonald’s, Madero e Applebee’s.
Fundada em 1951 por imigrantes holandeses, atualmente a cooperativa conta com 961 cooperados e 3.216 colaboradores. Em 2018 teve faturamento de R$ 3,38 bilhões, um crescimento de 16%, comparado a 2017.
Criada em 1967 como CooperChapecó, a cooperativa catarinense tinha como objetivo resolver os problemas de venda e escoamento da produção de grãos e suínos de pequenos e médios produtores.
Hoje, já sob o nome de CooperAlfa, a cooperativa – com quase 20 mil associados – tem diversos segmentos de atuação: fomento e comercialização da produção agropecuária de seus associados (com milho, soja, trigo, feijão, suinocultura, avicultura e leite).
Além disso, produz sementes, rações e suplementos e possui ainda rede com 60 supermercados, 88 lojas agropecuárias e dois postos de combustíveis. Em 2018, o faturamento foi de R$ 3,3 bilhões.
A Integrada é uma das mais jovens no tradicional grupo de cooperativas agro brasileiras. Tem pouco mais de 22 anos de história, mas já tem tamanho de gente grande: é uma das mais atuantes cooperativas do Sul e Sudeste do país.
Com quase 80 unidades no Paraná e em São Paulo, seu ponto forte é a comercialização de grãos, em especial soja, milho, trigo e café. Além disso, realiza o cultivo de laranja e insumos.
Em 2018, em meio à crise, a Integrada registrou um crescimento de 24%, com faturamento de R$ 3,3 bilhões. Agora a meta da cooperativa é chegar em 2020 com faturamento de R$ 4 bilhões.
A Frimesa, hoje uma das 300 maiores empresas do Brasil e a quarta maior em abate de suínos, nasceu como uma cooperativa, no oeste do Paraná, em 1977.
Em 2017, iniciou a construção de um frigorífico, com capacidade de abater 15 mil cabeças de suíno por dia. O objetivo da empresa até 2030 é ser a maior planta frigorífica de suínos do Brasil.
Em 2018, a cooperativa teve receita de R$ 2,83 bilhões. Para 2019 o plano é superar os desafios do mercado e crescer 20% nos volumes de produção e 18% no faturamento, atingindo R$ 3,47 bilhões.
Talvez o nome Frísia não chame muito sua atenção, mas basta voltar um pouco em sua nonagenária história para você descobrir que ela é velha conhecida.
A cooperativa atendia até 2015 pelo nome de Batavo, sua mais tradicional marca, vendida em etapas para a Perdigão, hoje parte do conglomerado BRF.
A cooperativa mais antiga do Paraná, criada em 1925, se espalhou: são 20 unidades incluindo a matriz em Carambeí, além de uma filial em Tocantins. São 836 cooperados e mais de mil colaboradores. Todos os negócios garantiram a marca de R$ 2,4 bilhões de faturamento no ano passado.
A Capal Cooperativa Agroindustrial foi fundada em 1960 na cidade de Arapoti (PR) – onde até hoje fica sua sede – para o estabelecimento de uma indústria leiteira a partir da criação do gado holandês.
As atividades produtivas nestes 58 anos estenderam-se para outros segmentos do agronegócio. Seus limites também foram ampliados, chegando até São Paulo.
A Capal está inserida na agricultura com a plantação e o processamento de soja, milho, trigo e feijão. Na pecuária, a tradição se manteve na indústria de laticínios, mas foi acompanhada com o desenvolvimento da suinocultura. Em 2018, teve faturamento de R$ 1,4 bilhão.
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