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Cooperativas querem repetir desempenho das exportacões em 2008

Data: 13/05/2010 00:00

Mais uma vez as exportacões das cooperativas brasileiras se destacam frente às vendas externas do País. Um estudo elaborado pela Gerência de Mercados da Organizacão das Cooperativas Brasileiras (OCB) mostra que o setor mantém o comportamento observardo no primeiro trimestre de 2009. Com os efeitos da crise financeira internacional, no primeiro semestre de 2009, o cooperativismo registra queda de 5,95% nos valores exportados frente ao mesmo período de 2008, mas em menor percentual que as exportacões brasileiras, que contabilizaram reducão de 22,83%.  

A análise, baseada em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), indica que as cooperativas exportaram US$ 1,75 bilhão de janeiro a junho deste ano, contra US$ 1,86 bilhão em 2008. Embora tenha sido observada retracão nos valores obtidos em dólares com as exportacões, devido aos efeitos da crise, os patamares observados estão bem acima dos intervalos anteriores a 2008.

Já em relacão às quantidades comercializadas, observou-se um crescimento de 8,32% frente ao primeiro semestre de 2008, chegando a  3,77 milhões de toneladas. Em conseqüência da taxa de câmbio, o valor recebido em reais pelos embarques do setor ao exterior atingiu R$ 3,84 bilhões, também com aumento de  21,66%. 

Corrente do Comércio - Vale destacar os percentuais observados na corrente do comércio (somatória das exportacões  com as importacões) do Brasil, agronegócio e setor cooperativista nos seis primeiros meses deste ano. Novamente, as cooperativas se destacam frente ao Brasil. Elas contabilizaram queda na corrente de comércio, de 11,5%, porém em menor percentual que o País, que fechou com decréscimo de 25,9%. Já o agronegócio brasileiro registrou queda de 7,3%. Até o primeiro semestre de 2008, os indicadores englobados (exportacões, importacões, saldo das transacões e corrente do comércio) mostraram crescimento contínuo.

Produtos exportados - O complexo soja, que engloba grão, óleo e farelo, continua liderando as vendas diretas das cooperativas brasileiras, com 37,90% das exportacões totais. Na seqüência figuram o setor sucroalcooleiro (26,70%), que corresponde aos acúcares e ao álcool etílico, e as carnes (16,30%). O café, cereais (milho, trigo, arroz e cevada), algodão e leite e laticínios aparecem na seqüência, com representacões de 9,30%, 3,30%, 2,20% e 0,80%, respectivamente.

Carro-chefe das exportacões do setor, o complexo soja somou um total de US$ 662,25 milhões entre janeiro e junho de 2009, crescimento de 2,09% em relacão ao primeiro semestre de 2008, quando foram embarcados US$ 648,68 milhões. Os grãos apresentaram lideranca no setor, representando 49,44% do total (US$ 327,40 milhões) e 60,08% no mesmo período de 2008 (US$ 389,75 milhões). O farelo representou uma parcela de 37,74%% (US$ 249,92 milhões) e o óleo, de 12,83% (US$ 84,93 milhões).

O setor sucroalcooleiro, por sua vez, respondeu por US$ 466,34 milhões, com crescimento de 13,55% comparando-se o primeiro semestre de 2009 com o mesmo período de 2008. Os acúcares são destaque nesse segmento, com participacão de 84,17% este ano (US$ 392,53 milhões), frente a 45,08% em 2008 (US$ 185,15 milhões). A elevacão das exportacões de acúcares, de 112%, compensou a retracão de 62,27% nas vendas externas de álcool. 

Mercados de destino - A China aparece em primeiro lugar entre os mercados de destino dos produtos cooperativistas no primeiro semestre de 2009, com US$ 213,99 milhões, frente a US$ 228,25 milhões em 2008, registrando uma retracão de 6,25%. A soja em grão foi o principal produto da pauta, com US$ 188,07 milhões.
No mesmo período, a Alemanha também se destacou nas importacões de produtos comercializados pelas cooperativas brasileiras, com US$ 169,62 milhões, queda de 17,64% em relacão ao primeiro semestre de 2008. A soja em grão, o farelo de soja, o café verde e as carnes foram os principais produtos adquiridos.

Os Países Baixos responderam por US$ 140 milhões em produtos comercializados pelas cooperativas brasileiras, com queda de 19,15% frente a 2008. No período, foram adquiridos, principalmente, soja em grão, o farelo de soja, o álcool etílico, o café verde e carnes.

Na quarta posicão aparece a Arábia Saudita, com elevacão de 139,48% nos valores comercializados entre janeiro e junho de 2009, repetindo o percentual do ano anterior, com US$ 131,04 milhões. Os acúcares foram os produtos absolutos na pauta, representando US$ 87,37 milhões. Os Emirados Árabes Unidos aparecem na  quinta colocacão, apresentando evolucão de 671,99% nas compras dos produtos das cooperativas brasileiras e total de US$ 97,08 milhões. Mais uma vez os acúcares aparecerem como os principais produtos, com US$ 8,37 milhões.   

Principais estados - Liderando as exportacões das cooperativas brasileiras no primeiro semestre de 2009 aparece o Paraná, com uma parcela de 41,98% do total, um valor absoluto de US$ 734,11 milhões de toneladas. Este desempenho levou a um crescimento de 7,87% nos valores comercializados e de 22,90% nas quantidades embarcadas ao exterior em relacão ao mesmo período de 2008.

São Paulo é o segundo maior exportador de produtos cooperativistas, respondendo por US$ 460,99 milhões, com crescimento de 18,74% nos valores e de 52,05% nas quantidades embarcadas ante o mesmo período em 2008. Desta forma, as cooperativas paulistas foram responsáveis por 26,36% das vendas externas totais do setor.
Em seguida aparecem Minas Gerais, com US$ 173,75 milhões e 9,94%, e retracão de 2,87%, e Rio Grande do Sul, com US$ 132,55 milhões e retracão de 44,93%.

Perspectivas - As barreiras não-tarifárias, as oscilacões nas cotacões das commodities e da taxa de câmbio também tendem a impactar o resultado das relacões comerciais das cooperativas ao longo de 2009. Mas o setor revê a perspectiva tracada no início do ano, quando se falava na reducão de 10% no fechamento das exportacões das cooperativas brasileiras. Os resultados alcancados no primeiro semestre do ano vislumbram a possibilidade de se chegar aos mesmos indicadores registrados em 2008, US$ 4 bilhões. O cenário indica que o complexo soja e o setor sucroalcooleiro permanecam entre os principais produtos exportados pelas cooperativas brasileiras. Espera-se ainda uma recuperacão do setor de carnes.

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