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Cooperativistas brasileiros conhecem boas práticas na Europa

Data: 16/07/2015 00:00

Autor: OCB/MS

Um grupo composto por superintendentes do Sistema OCB de todo o país aterrissou na Europa, onde participará de mais um módulo do Programa Nacional de Desenvolvimento de Líderes e Executivos do movimento cooperativista brasileiro. O superintendente da unidade nacional do Sistema OCB, Renato Nobile, e a gerente geral do Sescoop, Karla Oliveira, também integram à missão brasileira.

“O objetivo é aprofundar o conhecimento a respeito do cooperativismo de países como a Itália e a Alemanha, foco da missão brasileira em solo europeu. De posse de informações estratégicas ligadas à legislação, à gestão e à operação de cooperativas, os executivos terão a chance de colocá-las em prática, assegurando o desenvolvimento do cooperativismo no Brasil e contribuindo com o dia a dia de cooperados, familiares e empregados”, comenta Renato Nobile.

O grupo já passou pela Alemanha,onde a primeira cooperativa de crédito urbana foi fundada em 1856 na cidade alemã de Delitzsch, por Herman Schulze-Delitzsch. Caracterizava-se por prever o retorno das sobras líquidas proporcionalmente ao capital, ter área de atuação não restrita e remunerar seus dirigentes. As primeiras cooperativas de crédito rural também surgiram na Alemanha, por iniciativa de Friedrich Wilhelm Raiffeisen, que fundou as chamadas “Caixas de Crédito Raiffeisen”. A primeira, fundada em 1864, chamava-se Associação de Caixas de Empréstimo de Heddesdorf.

Na Alemanha as instituições cooperativas são "full banks", o que significa que têm todos os direitos e obrigações como qualquer outro banco (operações permitidas, supervisão etc).

O setor financeiro cooperativo na Alemanha é um dos mais poderosos e sólidos do mundo, graças a uma minuciosa auditoria, controles internos e a plena supervisão por parte da Superintendência Federal de Serviços Financeiros. Além da DGRV (Confederação Nacional das Cooperativas de Crédito) existem na Alemanha três federações especializadas segundo a atividade de seus membros na representação dos mesmos.

Entre elas, a BVR (Associação Federal de Bancos Populares e Bancos Raiffeisen), com sede em Berlim, à qual está ligado o DZ Bank - 6º maior banco alemão com 14% do mercado financeiro do país.

Os bancos cooperativos alemães contam com mais de 16,2 milhões de sócios e 30 milhões de clientes na Alemanha - a cifra mais elevada da Europa, visto que o país possui uma população de 82 milhões de pessoas. A Alemanha tem 1.951 bancos, sendo 1.196 cooperativos (base 2009).



ITÁLIA – Com uma população de 58 milhões de habitantes, a Itália é uma das maiores economias da Europa, atrás apenas da Inglaterra, França e Alemanha. O país exerce uma histórica influência cultural em todo mundo, tendo se consolidado como referência por sua indústria automobilística, culinária, moda e artes. A Itália é o quinto país que recebe mais turistas no mundo e Roma é a terceira cidade mais visitada da União Europeia.

Possui um dos movimentos cooperativistas mais avançados do mundo. As estimativas apontam a existência de 70 mil cooperativas, que empregam 1,3 milhões de pessoas. No país existem ainda 15 mil cooperativas não filiadas, com 90 mil cooperados e 100 mil empregados, que faturam € 1,5 bilhão por ano. Curiosamente, a maioria das cooperativas na Itália é do Ramo Habitacional que concentra 15 mil empreendimentos cooperativos. As cooperativas agropecuárias somam 8 mil e as de trabalho, 6 mil.

Esta semana, o grupo está na Itália e ainda fará uma visita ao Consórcio Cooperativo de Bolonha, à Universidade de Bologna – Departamento de Agricultura e Cooperativismo. E por fim em Roma, irão ao Senado Romano ao escritório sede da Liga Nacional de Cooperativas e Mutualidades (Legacoop) e à Embaixada do Brasil em Roma.


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