Copasul vai solicitar aprovação de novas moléculas de defensivos para a mandioca
Data: 27/09/2022 09:45
Autor: Copasul
Ofício que atende demanda dos produtores rurais será redigido por representantes do setor e depois encaminhado ao Mapa por intermédio da SFA-MS
Durante participação na Tecnofam 2022, Feira de Tecnologias e Conhecimentos para a Agricultura Familiar, que aconteceu em Dourados-MS de 13 a 15 de setembro, a Copasul solicitou à SFA-MS (Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Mato Grosso do Sul) o encaminhamento da aprovação de novos defensivos agrícolas para a cultura da mandioca. A reunião ocorreu no primeiro dia de feira com presença do superintendente da SFA-MS, Celso de Souza Martins, do supervisor técnico corporativo de mandioca da Copasul, Cleiton Zeballo, e ainda do presidente do Conselho de Administração da cooperativa, Gervásio Kamitani.
O encontro ocorreu por intermédio de Auro Akio Otsubo, chefe adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste, com sede em Dourados, que realiza a Tecnofam. “Atualmente, nós temos um contrato ativo de transferência de tecnologia junto à Embrapa. Esse contrato nos permite ter acesso direto à instituição no que diz respeito ao recebimento de novos clones de mandioca para a validação, calibração, análise de produtividade, renda e industrialização de novas cultivares para o setor da mandiocultura”, explicou Zeballo.
Além disso, atualmente a Copasul, representada por Cleiton Zeballo, ocupa a presidência da Atimop, a Associação Técnica das Indústrias de Mandioca, com sede em Marechal Cândido Rondon, no Paraná, o que habilita a cooperativa a reunir e encaminhar diversas demandas do setor produtivo.
Entre as demandas, uma das maiores necessidades está a celeridade na aprovação de novas moléculas para proteção da cultura. “A principal demanda hoje do setor da mandioca, um dos gargalos, são defensivos químicos, como herbicidas e inseticidas, registrados para a cultura da mandioca. Hoje existem várias moléculas que são usadas na lavoura do milho e da soja e que nós, como cooperativa e produtores, não podemos comercializar para o produtor porque não são registrados”, justificou o supervisor técnico da Copasul.
“Então nós levamos esse anseio da cadeia produtiva, que é realmente ter mais opções de herbicidas e inseticidas no mercado. Hoje está muito fechado. Existem atualmente 35 a 38 moléculas registradas para a cultura da mandioca, entre herbicidas, fungicidas e inseticidas. Porém, quando vamos para a prática, utilizamos no máximo dez princípios ativos. Por isso temos que procurar levar essa demanda de novas moléculas para o setor”, detalhou Zeballo.
Ficou definido na presente reunião que a Copasul e Atimop, representando os interesses do setor produtivo da mandiocultura, especialmente no Centro Sul do Brasil, remeterá documento formal solicitando a aprovação de uso de novos defensivos para a cultura. O ofício será encaminhado para a SFA-MS, de onde seguirá para os trâmites internos dentro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), até a liberação do pleito.
CONVÊNIO COM A EMBRAPA
O convênio entre a Copasul - Cooperativa Agrícola Sul-mato-grossense e a Embrapa Mandioca e Fruticultura foi estabelecido em 2016. O objetivo é validar nos campos do Centro-Oeste as novas linhagens genéticas de mandioca selecionadas no programa de melhoramento da Embrapa. Além da produtividade agrícola, o convênio permite a sugestão de ajustes e avaliar a rentabilidade da raiz no processo de industrialização, já que a cooperativa tem sua própria indústria de fécula e tapioca.
A participação na Tecnofam 2022 é um dos desdobramentos da parceria firmada pelas organizações. No evento, a cooperativa levou amostras de seus produtos derivados de mandioca e também os resultados observados nas lavouras de BRS CS 01, cultivar recomendada para o Cerrado e Mata Atlântica lançada pela Embrapa em 2016. “Esse evento foi muito oportuno. Nós levamos algumas amostras de mandioca da cultivar BRS CS 01 e o pessoal ficou admirado tanto pelas raízes como pelos produtos finais, que são a fécula e tapioca”, revelou Cleiton Zeballo.
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