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Diretor da ACI afirma que cooperativismo é o melhor modelo socioeconômico do mundo

Data: 05/12/2014 00:00

Autor: OCB

O diretor de Política Internacional da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Rodrigo Gouveia, foi o indicado do Sistema OCB para participar do segundo painel interativo do evento “Diálogo sobre o setor extrativo e o desenvolvimento sustentável: fortalecendo a cooperação público-privada no contexto da Agenda Pós-2015”, que ocorre em Brasília desde ontem. Participam do evento mais de 300 representantes – de 50 países – das indústrias extrativas, de diferentes governos e da sociedade civil.

O evento, que termina amanhã, é promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com apoio do Sistema OCB e parceria da Embaixada Britânica em Brasília. No final, um documento será elaborado, contendo propostas do setor endereçadas aos países do mundo com vistas ao atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Rodrigo foi um dos participantes a discutir sobre como as organizações públicas, privadas ou cooperativas podem reforçar e melhorar as habilidades dos empregados, aproveitando oportunidades de formação profissional. Segundo ele, as cooperativas, por sua natureza, são um dos melhores mecanismos de desenvolvimento social, aliado ao econômico e ambiental.

“As cooperativas são empresas de pessoas que trabalham por pessoas. Elas criam empregos e os tornam estáveis. Para se ter uma ideia, em 2012, quando a Espanha atravessava uma de suas piores crises econômicas, com uma taxa de desemprego de 37%, as cooperativas espanholas aumentaram os postos de trabalho em 7,2%”, exemplifica.

Além disso, na visão do especialista, as cooperativas são o melhor modelo gerador e divisor de riquezas. “Tudo que é gerado no âmbito da cooperativa é reinvestido nas pessoas que a compõe e na sociedade que a rodeia. Diante de tantas provas incontestes como estas, acredito que os governos devem ser os primeiros a estimular seus países a criarem sociedades cooperativas”, finaliza o diretor de Política Internacional da ACI.

O evento tem sido acompanhado pela equipe técnica do Sistema OCB. Para o coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Mineral, Sérgio Pagnan, as discussões representam uma nova visão sobre o setor. “Os temas tratados aqui estão diretamente ligados às cooperativas de mineração, cuja atividade impacta o meio ambiente. Então, os casos que mostram como os países têm encontrado soluções para resolver este tipo de problema são de extrema relevância para nós. Certamente será possível levar às nossas cooperativas formas criativas de explorar a nossa atividade, sem degradar a fauna, a flora e a população local”, argumenta.

O presidente da Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe), Gilson Camboim, avaliou o evento como sendo um marco divisor na história do cooperativismo mineral.

“Como todo o setor está focado na globalização, percebemos que o setor mineral, por trabalhar com bens limitados, tem focado sua atuação na figura humana. Com isso, é possível ver um envolvimento maior entre cooperativas e a comunidade local, que passa a ter uma participação mais ativa neste contexto. O setor está mudando e, em função disso, gerando diversas oportunidades que as cooperativas não poderão deixar de perceber,” reforça Gilson Camboim.

BOLÍVIA – Outro convidado do Sistema OCB para representar o setor cooperativista no evento, foi o presidente da Confederação Boliviana de Cooperativas, Albino Garcia Choque. A liderança internacional participou do painel que discutiu a proteção do meio ambiente, com ênfase na sustentabilidade dos recursos naturais.

ONTEM – O setor extrativista hoje representa cerca de 5% do PIB global, gerando, aproximadamente, US$ 3,5 trilhões em receita anual bruta, afirmou o Secretário de Geologia e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Carlos Nogueira, ao representar o Ministro Edison Lobão na abertura do evento, realizada ontem.

O secretário ressaltou que no Brasil, o setor mineral é de grande importância para a balança comercial brasileira, sendo que em 2013, apresentou superávit de US$ 27,4 bilhões. “Ainda em 2013, a participação de bens minerais nas exportações brasileiras foi de 23,5%. O PIB do setor mineral foi de US$ 85 bilhões, uma participação de quase 4%”, declarou.

POBREZA – A diretora e administradora assistente do Centro Regional para a América Latina e o Caribe do PNUD (UNDPLAC), Jessica Faieta, afirmou que o setor tem responsabilidade com a condução das suas atividades, pois elas “podem tirar milhões de pessoas da pobreza”.

O representante residente PNUD e coordenador residente do Sistema ONU no Brasil, Jorge Chediek, destacou que o setor extrativo pode ser fonte de grandes investimentos nos países em desenvolvimento, portanto é um ator central em termos de potencial econômico nesses países.

“Há uma mudança nos paradigmas sobre como produzimos, consumimos e interagimos uns com os outros. Um dos maiores desafios que temos pela frente é como desenvolver um sistema de incentivos, negativos e positivos, para que todos os atores possam vir e fazer parte desta visão de mundo que estamos construindo. Temos de fazer este entendimento ser tão atraente, tão lógico, tão básico, que ele se tornará o único caminho possível.” (Com informações do PNUD)

Fonte: OCB

 
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