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Entrevista da Semana: Márcio Lopes de Freitas

Data: 18/03/2016 00:00

Autor: OCB

Cooperativismo é ferramenta de desenvolvimento econômico

Brasília (16/3) – O Sistema OCB lançou hoje em Brasília a10ª edição da Agenda Institucional do Cooperativismo. Autoridades do setor, representantes do governo federal, parlamentares e parceiros do cooperativismo prestigiaram o evento. Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a agenda constitui um rico material de trabalho com foco nos Três Poderes. A liderança cooperativista afirma que o cooperativismo é capaz de colaborar e muito para a retomada de crescimento da economia do país. “Precisamos resgatar no povo brasileiro a esperança em um Brasil mais forte. Vamos direcionar esforços para essa missão”, afirma.

Qual o objetivo do Sistema OCB ao lançar essa Agenda Institucional?

Márcio Freitas –
 Nossa intenção é amplificar a força que o movimento cooperativista tem para gerar oportunidades a milhões de brasileiros e sensibilizar autoridades dos Três Poderes sobre a importância de se garantir um ambiente jurídico e econômico favorável ao desenvolvimento do setor. Para além disso, acredito que é hora de ajudarmos o Brasil a resgatar nas pessoas o sentimento de confiança em tempos melhores.

O ano de 2015 foi marcado por acontecimentos que deixaram o país desacreditado perante a população e investidores internacionais. Divergências políticas, denúncias sobre desvios de recursos públicos, acompanhadas de um desempenho decrescente da economia nacional, levaram o Brasil a uma situação realmente complicada. Mas em meio a esse cenário, proponho uma reflexão sobre o horizonte que temos e qual o nosso papel nesse contexto. 

Sem dúvida alguma, é hora de unirmos forças para a retomada de crescimento do país, com uma responsabilidade que deve ser compartilhada pelo governo e por todos os setores da economia. Estou certo de que nós, como cooperativistas, integrantes de um movimento social organizado, de enorme potencial e com uma capacidade singular de superação, temos muito a contribuir. Em outras situações semelhantes, o cooperativismo fez uso dos seus diferenciais e mostrou realmente ser capaz de mitigar os efeitos de uma crise, posicionando-se como um segmento robusto e visionário.


De que forma as cooperativas podem contribuir com o desenvolvimento do país?
 
Márcio Freitas –
 As propostas contidas na Agenda Institucional evidenciam a intenção do movimento cooperativista em participar ativamente do desenvolvimento do país, contribuindo com a construção de um futuro sustentável, capaz de gerar integridade e de promover felicidade às pessoas.

Assim, as cooperativas podem ser catalizadoras de programas e ações do poder público voltadas não só à inclusão social e ao acesso a mercados, mas também como solução à prestação dos mais diversos serviços, seja nas áreas de saúde, educação, transporte, infraestrutura, crédito, ou em qualquer setor em que o cooperativismo brasileiro é referência quando o assunto é aliar sustentabilidade econômica e inclusão produtiva. Por todos estes motivos é que precisamos caminhar em consonância com as ações dos Três Poderes.

Nossas cooperativas, que já contribuem sensivelmente em diversas áreas, podem fazer ainda mais e ajudar o Brasil a passar por esses momentos de turbulência e voltar a crescer com sustentabilidade. Temos um papel importante nesse cenário e vamos trabalhar juntos para reverter essa situação.

É por isso que ressalto a importância de contarmos com o apoio do poder público para que tenhamos um ambiente favorável ao desenvolvimento da atividade cooperativista. Precisamos trabalhar no sentido de garantir marcos regulatórios e políticas públicas que ajudem a fomentar esse processo, assim como contribuir para a construção de pensamentos jurídicos que considerem a natureza diferenciada das sociedades cooperativas. 


Considerando a atuação sempre atenta da Frencoop, qual a importância da Agenda Institucional do Cooperativismo para a Frente?

Márcio Freitas –
 A Agenda Institucional sempre foi e continuará sendo uma bússola para as ações da Frente Parlamentar do Cooperativismo. Com o apoio irrestrito da equipe do Sistema OCB, a atenção dos nossos parlamentares também estará voltada a todas as proposições da Agenda, que pautarão o trabalho na tramitação das medidas provisórias, no diálogo com os poderes Executivo e Judiciário e, ainda, com a organização das atividades da própria Frente, objetivando ampliar a articulação e a influência do cooperativismo no Congresso Nacional.


Qual o maior desafio do cooperativismo em 2016?

Márcio Freitas –
 Para 2016, o nosso desafio é fazer com que as especificidades das cooperativas sejam contempladas na legislação tributária brasileira. E vamos trabalhar intensamente para isso. E para superar este desafio, o movimento cooperativista conta com sua base, homens e mulheres que fazem do cooperativismo este movimento que dá certo, que funciona, que gera emprego, renda e felicidade. Contamos ainda com os nossos parlamentares, com o governo federal e com o Judiciário. Para nós, ninguém perde quando todo mundo ganha. E o nosso movimento, o cooperativismo brasileiro, tem essa capacidade! Juntos somos mais fortes. Juntos iremos além, unindo esforços em prol da retomada do desenvolvimento do nosso Brasil.

 
Fonte: Sistema OCB
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