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ENTREVISTA DA SEMANA: Roberto Rodrigues

Data: 03/03/2016 00:00

Autor: OCB

Roberto Rodrigues convida a sociedade a contribuir com consulta pública para inserir o cooperativismo nas escolas brasileiras

Brasília (2/3) – O Ministério da Educação (MEC) prorrogou até o dia 15 de março a consulta pública do texto preliminar da Base Nacional Curricular Comum (BNCC). O documento trata dos trata dos objetivos de aprendizagem que deverão nortear as escolhas de conteúdos e as práticas de ensino em todas as escolas públicas e privadas da Educação Básica do Brasil, ano a ano, desde o ingresso na Educação Infantil até o final do Ensino Médio. Esta é uma grande chance para que o cooperativismo seja incluído Para Roberto Rodrigues, embaixador especial da FAO para o cooperativismo mundial, é um momento fundamental para o desenvolvimento do setor e que precisa ser encarado de forma muito responsável por todos aqueles que o abraçam. 

 

O que esta revisão da base curricular pode representar para o cooperativismo? 

Acredito que o Brasil precisa ter em suas áreas do conhecimento e nos componentes curriculares, os conceitos e fundamentos da doutrina cooperativista, para serem ensinados em todas as escolas do país. Acredito, também, que chegaremos lá. É uma grande caminhada que começa com pequenos passos. Assim, esse processo aberto pelo MEC possibilitará que os assuntos relativos ao setor que abraçamos sejam inseridos transversalmente em disciplinas como história, geografia, ciências naturais, matemática, educação física, arte, dentre outras. 

 

De que forma esse trabalho nas escolas pode contribuir com o desenvolvimento do cooperativismo?

Disseminar a cultura cooperativista é fundamental para a continuidade deste movimento de pessoas que estimula o trabalho conjunto em prol de objetivos comuns. À medida que este tema é discutido nas escolas, temos a chance de formar um ideal cooperativista na juventude, que é por natureza idealista. E é isso que precisamos ter em mente. Um jovem bem formado com base nos princípios e valores do cooperativismo será, sem dúvida, um homem de bem, social e profissionalmente falando. O mundo precisa de referências e o cooperativismo, com seus valores e sua prática solidária, que estimula a participação de todos e que valoriza o trabalho independentemente de gênero e idade, tem tudo pra ser esta referência. 

E o que o senhor diria aos cooperativistas brasileiros sobre este processo? 

Que participem ativa e amplamente. Temos diante de nós uma oportunidade de desenhar o futuro. Se não aproveitarmos este momento, teremos de encarar mais uma década, pelo menos, ou até que uma nova consulta pública seja aberta com o intuito de reformular o currículo oficial da Educação Básica das escolas. Se não aproveitarmos a oportunidade até o dia 15 de março, corrermos o risco de perder uma grande chance de ter o nosso movimento discutido de forma integral com o objetivo de formar as futuras gerações de cooperativistas. Então, o que eu diria é: participem, opinem, sejam enfáticos com seus posicionamentos nesta consulta pública. Só assim poderemos ter o cooperativismo no currículo educacional e, consequentemente, alcançar o futuro solidário que queremos construir em nosso país.

Fonte: Sistema OCB

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