Jovem Aprendiz
Data: 23/09/2019 00:00
Autor: Dalva Caramalac
Provocação transformadora tem sido a marca do nosso programa dirigido aos jovens aprendizes. Temos em CG 2 turmas com 56 alunos e várias outras espalhadas pelo interior do estado. Mais do que a obrigação de atender a disposição da lei, é o desejode disponibilizar aos jovens as informações que sejam do seu interesse para melhorar seu acesso ao mercado de trabalho e torná-lo um cidadão pleno, responsável pelos próprios passos e escolhas e capaz de utilizar aquilo que foi aprendido para transformar sua existência e o mundo à sua volta.
Nossa proposta de ensino pretende instigar, desafiar, apoiar, provocando um olhar mais amplo com novas perspectivas e possibilidades, que ajudem esses jovens a desvendar seus próprios caminhos. Desenvolvendo um trabalho que gere impactos e resultados efetivos na sua iniciante jornada profissional, oportunizando um modelo pedagógico diferenciado onde o aluno seja sujeito ativo de todo o processo de formação. Queremos despertar no aluno o interesse de resolver problemas e desafios relacionados à realidade do mundo do trabalho e praticar o que aprendeu na sala de aula de forma a proporcionar “entregas” para a cooperativa.
Diante desse mundo tão pragmático e cheio de regras queremos que além da qualificação técnica aprendam a valorizar suas singularidades, ensinando-os a pensar que não são obrigados a seguir o padrão pré-determinado pela sociedade contemporânea, onde todos devem se comportar do mesmo jeito, falar as mesmas coisas, fazer parte da mesma tribo, como se fossemos todos iguais sem nenhuma particularidade que nos distinguisse dos demais. Neste setembro amarelo temos algumas ações para compartilhar com eles sobre a valorização da vida, pois muitos estão vulneráveis às incertezas, angústias e ansiedades características dessa geração.
Não podemos fechar os olhos para a realidade desses jovens, para muitos a vida é uma constante tensão, um constante conflito, então vamos conversar sobre a essência que há em cada um de nós, sobre a centelha que nos permite nomearmos a nós mesmos como seres humanos únicos, que eles identifiquem e reconheçam que são singulares, que cada um traz dentro de si uma condição única.
A depressão é uma doença característica desses tempos e entra na vida de alguns jovens sem pedir licença e toma todos os espaços. Quantos desistem de viver, sufocados por medos, sofrimentos e tensão, presos em suas gaiolas reais ou imaginárias. Nosso papel como agentes de transformação da sociedade é oferecer um ensino humanizado, que além da formação técnica, permita o autoconhecimento e a busca pela vida digna de ser vivida. Os caminhos são os mais diversos possíveis, mas queremos despertar nesses jovens a capacidade de realizar toda a potência do seu ser que quando reconhecida leva à superação e à conquista de si mesmo e que entendam que a vida é um constante convite ao agir.
E a ação exige escolha, somos livres para escolher mas não somos capazes de fugir de suas consequências. Podemos agir através da cooperação, da comunhão, do respeito ao próximo, mas ainda assim não podemos negar a existência de dores e conflitos e devemos aprender a lidar com esses aspectos , porém eles não representam a vida em si. São apenas desequilíbrios. Que eles encontrem nas raízes do cooperativismo um significado distinto: a união, a liberdade, a justiça, a solidariedade.
Dalva Caramalac
Superintendente do Sistema OCB/MS
20/09/19
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