No dia 25 de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Sistema OCB/MS promoveu a live “Mulheres Coop”, pelo canal no Youtube do Sistema OCB/MS, com Sabina Deweik. A live foi aberta pelo presidente do Sistema OCB/MS, Celso Régis, que enalteceu a atuação das mulheres no cooperativismo, que é primordial para o desenvolvimento e crescimento do segmento. “Tem diversos exemplos de mulheres no cooperativismo, tanto no nosso Estado, como no Brasil, e todas têm uma contribuição ímpar”, enfatizou.

Sabina Deweik foi a palestrante da live e falou sobre “Liderança Feminina Antifrágil” e ela é pioneira em Cool hunting no Brasil, caçadora de tendências há 20 anos, futurista e pesquisadora de comportamento, palestrante e coach ontológica.

Ela abriu falando da disruptura que a pandemia trouxe para o mundo, que sai de um modelo mais rígido e segue para um mais participativo. “Estamos vivendo uma mudança de Era, saindo da Economia do Olho para a Economia da Língua. Hoje precisa ter propósito e coerência nas coisas”.

Segunda ela, todos os sistemas precisam ser reiniciados, e todos podem ser protagonistas. “A pandemia acelerou esse processo, foi o catalisador da mudança e da perspectiva de vários futuros”.

Antifrágil entende que o mundo é volátil e cresce com choques, aproveita o caos para evoluir. “Se o frágil tem pavor ao caos e da incerteza, o antifráfil ama o caos e a incerteza. Coisas frágeis perdem com o caos. Coisas antifrágeis se beneficiam com o caos”, reforçou a palestrante.

Ela destacou o tempo todo que as mulheres têm características mais alinhadas com essa nova realidade, como valores de colaboração, fazer coletivo, inspiração e autonomia, olhar paras as pessoas. “Não é exatamente questão de gênero e sim de valores femininos e masculinos”.

Logo após a palestras, ocorreu um bate-papo sobre desafios e oportunidades para a mulher no cooperativismo, com diversas convidadas, dentre elas Tânia Zanella, gerente geral da OCB,                         Dra. Sandra Araújo , presidente da Uniodonto Dourados; Lucélia Ganzer – diretora de operações da Sicredi União MS/TO e Oeste da Bahia e Dalva Caramalac, superintendente do Sistema OCB/MS.

“O ambiente do cooperativismo gera muitas oportunidades, inclusive para as mulheres, não tive grandes obstáculos por ser mulher, mas sempre buscando conhecimento e coragem para assumir responsabilidade”, declarou Lucélia.

A gerente geral da OCB, Tânia Zanella também deu o seu depoimento. “O protagonismo da mulher vem crescendo na sociedade e o sucesso da liderança da mulher já está mais que comprovada, mas temos muito a caminhar, precisa exercitar cada vez mais esse protagonismo, mas encontrar esses espaços. As empresas que não criarem esse ambiente favorável para as mulheres, ficarão para trás”.

Dra. Sandra contou o quão desafiador foi assumir a liderança dentro da cooperativa e sendo profissional da saúde, não tinha essa visão que o cooperativismo lhe deu. “A cooperativa é um dos modelos econômicos que mais dão oportunidades às mulheres”.

E para encerrar, a superintendente do Sistema OCB/MS, Dalva Caramalac deu o seu depoimento. “Comecei a minha carreira em outro modelo, que visava apenas o capital e quando ingressei no cooperativismo, me apaixonei. Quando entrei há 35 anos, eu era a única mulher dentre as 27 unidades, mas encontrei um ambiente receptivo, no qual tive autonomia e oportunidade de crescer. Me considero uma transformadora de pessoas, o cooperativismo me possibilitou encontrar o meu verdadeiro propósito em consonância com o próprio da OCB, e amplifica o nosso trabalho”.

Ela ainda destacou que há muito para caminhar e obstáculos para transpor, que é uma questão da sociedade e das mulheres em se imporem e não deixarem calar suas vozes.