Ministra da Agricultura detalha ações para minimizar impactos com fertilizantes
Data: 11/03/2022 08:02
Autor: OCB
Em reunião virtual realizada nessa quarta-feira (9), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, atualizou informações sobre as ações do Governo Federal na busca de alternativas para uma possível escassez de fertilizantes. A reunião foi organizada pelo deputado Evair de Melo (PP-ES), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), e contou também com a participação do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, além de representantes do agro capixaba.
“Em face ao cenário que se apresenta, nossa meta é apontar soluções que possam reduzir os impactos econômicos no agronegócio brasileiro que aumentam mais a cada dia, e podem ser agravados devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Já discutimos o assunto com todos os segmentos e entidades do setor, adotamos medidas de curto, médio e longo prazos, e estamos implementando iniciativas que darão maior tranquilidade aos produtores brasileiros”, informou Teresa Cristina.
Segundo a ministra, as propostas que estão sendo apresentadas pretendem manter o nível da produção agrícola nacional, diminuir a dependência de importações de fertilizantes e evitar a diminuição do estoque dos produtos no Brasil. O Plano Nacional de Fertilizantes é uma dessas medidas. “Precisamos voltar a produzir fósforo e potássio. Nossas terras dependem muito dos fertilizantes e esse plano é necessário para garantir uma segurança mínima à nossa produção. Essa é uma medida que visa resultados no médio e longo prazo, uma vez que o projeto prevê a possibilidade de autossuficiência brasileira em relação a esses insumos em 30 anos”.
No curto prazo, a ministra apontou a necessidade de aprovação de medidas em tramitação no Congresso Nacional como o PL 3.507/21, que institui o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert); a realização de parcerias com indústrias do Canadá e dos países árabes para a compra de fertilizantes e princípios ativos a fim de suprir as necessidades de abastecimento do mercado nacional; e a intensificação de estudos e o incentivo à produção de biofertilizantes.
Coautor do PL 3.507/21, Evair de Melo explicou que o Profert se baseia, principalmente, em incentivos fiscais para estimular a produção de fertilizantes no Brasil. “Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos, os produtores brasileiros precisam fortemente de outros países para terem, no campo, o fosfato, o cloreto de potássio, a ureia e outros itens considerados indispensáveis à produtividade das lavouras”.
O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, apresentou sugestões do cooperativismo também. Uma delas foi a adoção de medidas para assegurar a integração de cooperativas do agronegócio que atuam em vários países do mundo. Em fevereiro desse ano, a OCB acompanhou a ministra Tereza Cristina em Missão Oficial ao Irã para estreitar os laços entre os países e tratar sobre a possibilidade de importação de fertilizantes do país ao Brasil.
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