OCB, Fgcoop e Banco Central debatem desenvolvimento do SNCC
Data: 29/09/2017 00:00
Autor: OCB
Durante seu pronunciamento, o coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (CECO), Leo Airton Trombka, que representou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, fez questão de destacar a importância da boa relação com o Banco Central. “O nosso relacionamento com o Bacen é sempre oportunizado graças ao debate de ideias cuja intenção é o crescimento do segmento cooperativo”, destaca.
Segundo ele, o Fórum é o momento de debater todos os assuntos que podem contribuir com o fortalecimento do SNCC. “Tenho certeza de que este evento renderá muitos frutos em termos de aprendizado e conhecimento a serem aplicados pelas diversas cooperativas que integram o SNCC, afinal, as três entidades – OCB, Bacen e FGCoop – têm a missão de contribuir para a solidez das cooperativas brasileiras”, argumenta.
O presidente do CECO também destacou o crescimento do cooperativismo de crédito. “Ao redor do mundo, já é possível contabilizar mais de 200 milhões de associados distribuídos em 57 mil cooperativas, presentes em 103 países. Em termos de Brasil, também temos números bastante significativos. Somos quase 9 milhões de associados, mil cooperativas singulares, mais de 5,6 mil pontos de atendimento, o que nos coloca como a maior rede de atendimento entre as instituições financeiras do país. E é bom que se diga que, juntas, as cooperativas de crédito geram mais de 60 mil empregos”, destaca.
O presidente do Fundo Garantidor, Bento Venturim, explicou que, em maio de 2016, o FGCoop realizou o seu 1º Fórum (leia aqui), com o objetivo central de apresentar o modelo de monitoramento desenvolvido pelo fundo para avaliação do risco de descontinuidade das cooperativas de crédito.
O resultado disso, segundo Venturim, não poderia ter sido melhor. “Os sistemas compreenderam o objetivo do monitoramento e da pró-atividade na detecção de problemas, bem como na contribuição para a busca de soluções sistêmicas. Isso aumentou a confiança e a solidez do setor e, a partir disso, o FGCoop pôde solicitar o envio de dados extra contábeis para traçar um cenário mais fidedigno do cooperativismo de crédito, que teve resposta de 99% das cooperativas. Agora é hora de aprimorar esse monitoramento”, comenta o presidente.
É por isso que o Fundo debateu no 2º Fórum mecanismos para atuar de forma preventiva, oferecendo assistência financeira a cooperativas. A intenção é evitar a intervenção ou liquidação extrajudicial que enseje a cobertura de depósitos, já que representa uma medida onerosa tanto do ponto de vista financeiro quanto sob a ótica do risco de imagem.
“Diante do acúmulo patrimonial do FGCoop e da estabilidade do SNCC nesses três anos de atividade, pudemos promover a alteração do estatuto para redução do limite do patrimônio líquido em relação ao volume de contas garantidas, com vistas a antecipar o início das operações de assistência ou de suporte financeiro”, explicou Venturim.
Entretanto, o início dessas operações depende de duas condições, atualmente em estudo: a) aprovação da reforma estatutária pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional; e, b) definição interna da política e das regras que nortearão esse tipo de operação.
O diretor de Fiscalização do Banco Central, Paulo Sérgio Neves de Souza, em sua fala, evidenciou que a segmentação das instituições financeiras, inclusive cooperativas de crédito, é convergente com os pilares Agenda BC+ e contribui para a eficiência do Sistema Financeiro Nacional e para a redução do spread bancário.
“Há muito tempo o Banco Central tem destacado a importância da contribuição das cooperativas de crédito ao contexto do pleno atendimento da população e da inclusão financeira. Reconhecemos também o fato de as cooperativas entenderem, como ninguém, as necessidades de seus associados dada a sua grande inserção nas comunidades e mercados onde atuam”, reforça enaltecendo a capilaridade do SNCC.
“Temos de enaltecer, também, o importante papel do SNCC no que diz respeito a contribuir mais fortemente para o crescimento da economia brasileira, quando ocupa espaços no oferecimento de crédito a novos públicos na linha do que os bancos regionais desempenham em outros países”, conclui.
O evento discutiu, ainda, aspectos ligados à regulação prudencial, ao monitoramento do Sistema Financeiro Nacional e à supervisão de cooperativas e de instituições não-bancárias.
Fonte: Sistema OCB
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