Os três principais candidatos à Presidência da República receberam hoje o documento “O que esperamos do Próximo Presidente 2015-2018”, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A entrega oficial foi feita pelo presidente da entidade, João Martins da Silva Júnior, e ocorreu na sede da entidade, em Brasília.
Os presidentes Márcio Lopes de Freitas (Sistema OCB) e Ronaldo Scucato (Sistema Ocemg) participaram do evento, tendo em vista que as unidades nacional e estaduais do Sistema OCB fazem parte das entidades parceiras da CNA que, juntas, buscam fortalecer, desenvolver e aumentar a competitividade do setor agropecuário no Brasil.
Os candidatos Eduardo Campos, Aécio Neves e Dilma Rousseff, além de receberem o documento, também comentaram sobre seus planos de governo com foco no setor e, ainda, responderam a perguntas da plateia.
O material entregue aos presidenciáveis elenca os principais problemas e as propostas de solução para alavancar, ainda mais, o setor agropecuário. Os assuntos foram agrupados em cinco macrotemas. São eles: política agrícola, competitividade, relações de trabalho, segurança jurídica, meio ambiente e educação e assistência técnica.
Acesse o documento, cujo objetivo é expor aos candidatos à Presidência da República o que o setor precisa para continuar a crescer, a se desenvolver e, principalmente, para seguir contribuindo para a construção de um país melhor.
COOPERATIVISMO – As demandas do setor cooperativista também estão sendo agrupadas pelo Sistema OCB em um documento similar com a intenção de subsidiar o vencedor das eleições de outubro na sua plataforma de governo. É o projeto “Propostas do Sistema OCB aos Presidenciáveis”. Ele reúne as necessidades dos 13 ramos do cooperativismo em três macrotemas: Segurança Jurídica, Financiamentos Públicos e Competitividade. A previsão é de que o documento seja entregue aos candidatos, individualmente, ainda neste mês.
De acordo com o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o documento contendo as demandas mais urgentes para o país, sob a ótica do cooperativismo, ressalta como as sociedades cooperativas podem contribuir no processo de escolha de bons representantes, cuja função precípua é o trabalho de melhoria da qualidade de vida da família brasileira.
“Nós, como cooperativistas e integrantes de um movimento social organizado, teremos, mais uma vez, a oportunidade de vivenciar o processo democrático, assim como já praticamos diariamente em nossas sociedades cooperativas. Da mesma forma como no cooperativismo, nas eleições, cada pessoa tem direito a um voto, e para exercê-lo, é preciso conhecer, além das próprias necessidades, a trajetória política dos seus candidatos e saber do seu real compromisso com as causas cooperativistas”, comenta Márcio Freitas.
OPORTUNIDADE – Para o presidente da CNA, João Martins da Silva Júnior, as eleições são a oportunidade que o calendário democrático oferece para que o país se renove, rediscuta sua agenda e reveja suas carências e desafios.
“O setor rural, que tem sido, há décadas, o vetor do desenvolvimento econômico o país, não poderia se ausentar. Por isso, como já o fez em outras eleições, a CNA dirige-se aos candidatos para oferecer um panorama detalhado das realizações e aspirações do setor rural, de modo a contribuir para a construção de uma agenda que favoreça o desenvolvimento nacional. Uma agenda que, sem facciosismos de qualquer espécie, atenda as aspirações de ascensão social da população brasileira”, argumenta João Martins.
Segundo ele, a agricultura é atividade de homens livres e, por isso, o estado não pode vacilar diante das ameaças a este direito, e as invasões de terra, de quaisquer natureza, devem ser combatidas pelos instrumentos da lei. “A ordem jurídica não pode acolher exceções. Sem instituições que resguardem a produção e os produtores, o desenvolvimento econômico é tarefa simplesmente impossível”, alertou João Martins, chamando a atenção para a segurança jurídica, essencial para que o setor siga avançando.
CENÁRIO – Até alcançar a posição de destaque central que tem hoje na economia, a produção rural ocupou e integrou a maior parte do território nacional, incorporando fronteiras até então isoladas economicamente. Em 40 anos, triplicou a produtividade da terra, integrando-se à indústria em dinâmicas cadeias produtivas, que tornaram o Brasil um gigante do agronegócio.
Competindo em todos os mercados do mundo, que não lhe são vedados por barreiras artificiais, o Brasil é o segundo maior exportador de produtos da agricultura e da pecuária. O agro impulsionou o crescimento do país e responde por 23% do Produto Interno Bruto, por 27% dos empregos e pelo desenvolvimento de milhares de municípios.
É o responsável por 44% das exportações do primeiro semestre de 2014. Mas, é preciso garantir e manter a competitividade da agropecuária, permitindo a continuidade do seu ciclo de desenvolvimento e a consolidação do Brasil como potência agrícola. (Com informações da Assessoria de Imprensa da CNA)