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Presidente do Sistema OCB analisa perspectivas para 2009

Data: 13/05/2010 00:00

'A retracão de mercados e  a falta de crédito, além da depreciacão dos precos, são reflexos imediatos da crise financeira internacional que tracam um cenário de incertezas para este ano'.  Essa é a opinião do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, para quem a restricão de crédito é mais estruturante que conjuntural. 'Estes efeitos foram percebidos no mercado externo desde os últimos meses de 2008 e agora comecam a ficar mais aparentes também no mercado interno', diz.


'Até setembro do ano passado, o Brasil ocupou espaco, com o mercado em expansão e o aumento da demanda mundial por alimentos. Com a crise, houve uma retracão e o início de um processo de queima de estoques'. Para Freitas, o fato dos mercados estarem restritos afeta o caixa e o desenvolvimento das atividades nas cooperativas. 'O setor agropecuário foi primeiro a sentir os impactos.  A grande dificuldade é o acesso ao crédito, que se estende aos demais ramos. Precisamos garantir que isso não atrapalhe a comercializacão dessa safra e gere ainda outros prejuízos', diz.


Neste sentido, a Organizacão das Cooperativas Brasileiras (OCB), no trabalho de representacão do setor, tem atuado junto a órgãos do governo federal e outras instituicões com o objetivo de mitigar os efeitos da crise. Já no final de 2008, a entidade apresentou uma agenda positiva do cooperativismo, composta por medidas conjunturais e estruturantes, consideradas essenciais.   


Márcio Lopes de Freitas diz que o momento pede urgência no cumprimento de medidas já anunciadas pelo governo, imprescindíveis para que o mercado volte a fluir. 'Processos burocráticos, em conjunto com outros fatores, têm impedido a chegada dessas acões à base e a possibilidade do setor trabalhar para contornar os efeitos da crise'.
Para o presidente do Sistema OCB, o mercado interno ainda é uma salvaguarda importante, mas não suficiente para absorver o que seria destinado ao exterior. 'Somos um país exportador, dependente em pelo menos 30% do mercado internacional. A agricultura também é dependente de produtos importados. Cerca de 70% dos fertilizantes são comprados de países estrangeiros', avalia.


Sob outro ângulo, Márcio Freitas vê esse momento de crise como uma oportunidade de reflexão e melhoria dos processos de gestão. 'Esperamos que essa situacão não perdure por muito tempo. Acreditamos que fatos como o início da nova safra, a posse do novo presidente americano, além das providências já encaminhas, contribuam para a retracão da crise e a normalidade dos mercados', analisa Freitas. 


Entre os desafios para 2009, o presidente do Sistema OCB também diz ser importante investir numa disseminacão maior junto à sociedade do conceito, dos valores e princípios do cooperativismo, com suas particularidades. 'É preciso fomentar o trabalho de educacão cooperativa, nos sentidos da formacão e informacão, o que vai contribuir para o fortalecimento e crescimento do setor', diz. 'Isso também contribuirá para que se tenha uma percepcão clara de que as cooperativas são organizacões diferentes, que têm o capital humano como forca, e, por tudo isso, devem ter um tratamento diferenciado, como o próprio adequado tratamento tributário do ato cooperativo', complementa. 

 

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