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Presidente do Sistema OCB concorre a vaga no Conselho da ACI

Data: 15/06/2022 03:50

Autor: OCB

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas é candidato a uma das vagas do Conselho de Administração da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). As eleições ocorrem na próxima segunda-feira (20), durante a Assembleia Geral da entidade, em Sevilha, na Espanha. “Queremos colaborar para fortalecer a cultura de cooperação, além de estimular novas parcerias com organizações internacionais para aprimorar o desenvolvimento econômico entre os países membros”, afirma.

Criada em 1985, a ACI é um organismo internacional que tem como função preservar e defender os princípios cooperativistas. Desde que se filiou à entidade, em 1989, o Sistema OCB sempre participou efetivamente de sua administração, contribuindo para uma governança produtiva. O primeiro representante da organização brasileira foi o ex-ministro Roberto Rodrigues que também foi o único brasileiro a presidir o Conselho de Administração da ACI, entre os anos de 1997 e 2001.

Até o momento, os representantes brasileiros na Aliança sempre estiveram ligados ao movimento cooperativista, mas não à administração do Sistema OCB. A candidatura do presidente Márcio muda esse paradigma e atende solicitação das cooperativas brasileiras exposta pelo Conselho de Administração da OCB.  

Presidente da organização desde 2001, Márcio foi um dos fundadores da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM), grupo que tem o objetivo de promover o comércio entre as cooperativas dos quatro países da região. Também foi presidente da Organização das Cooperativas dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP) e tem sido o principal patrocinador do acordo de cooperação técnica bilateral entre o Sistema OCB e a Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV).

Defensor incansável dos princípios cooperativistas e das possibilidades que o movimento oferece para a construção de um mundo mais justo, equilibrado e com melhores oportunidades para todos, o presidente falou um pouco mais sobre sua candidatura, oportunidades e desafios que ela representa na entrevista a seguir:

  1. Em que contexto ocorreu a candidatura para o Conselho de Administração da ACI? E por que o seu nome?

Há uma grande demanda para que o Sistema OCB possa dar mais atenção e participar de forma mais efetiva na promoção e articulação de acesso aos mercados para as nossas cooperativas, inclusive internacionalmente. A indicação do meu nome foi um pedido do próprio Conselho de Administração da OCB a fim de garantir mais legitimidade, maior representatividade e interlocução mais direta com os países membros da ACI. Concorrer a uma das cadeiras do conselho é, portanto, uma consequência natural para seguirmos essa estratégia e demonstrar nosso interesse em uma atuação mais ativa, que garanta uma interação maior e traga novos e significativos resultados para o nosso movimento no Brasil.

  1. Quais benefícios a entrada no Conselho poderá trazer para as cooperativas brasileiras?

Acreditamos que o maior benefício é estar mais próximos das oportunidades. Quando você é atuante em uma grande organização está naturalmente um passo à frente nesse sentido. Temos inúmeras oportunidades de intercooperação internacional para a troca de conhecimentos e promoção comercial. Podemos dinamizar processos e desenvolver setores pouco explorados pelas cooperativas brasileiras até aqui, a exemplo da área de Turismo ou de Seguros.

Algumas oportunidades já estão, inclusive, aparecendo. As cooperativas do Irã nos procuraram em busca de parcerias comerciais. Eles já compram produtos do agro brasileiro, mas querem comprar das cooperativas, o que ainda não acontece. É uma chance importante que precisamos aproveitar.

A ideia, portanto, é criar cada vez mais pontes onde há interesses convergentes e a presença no Conselho de Administração da ACI facilita esses acessos, inclusive para apoiar ações já existentes e que precisam atingir novos patamares.

  1. De que forma a presença no Conselho pode aumentar a representatividade das cooperativas brasileiras no mercado internacional?

Criando um diferencial competitivo para alavancar o comércio exterior a partir de um fórum que já domina oferecido pela Aliança Internacional. Um dos pontos mais positivos que nosso movimento possui são seus valores. É um chão comum que todos compartilham, não importa em qual país esteja ou que língua utilize. Esses valores fornecem uma base única e a nossa presença no Conselho ajudará na construção das pontes necessárias para aumentar nossa representatividade no mercado internacional.

  1. Quais as principais demandas do cooperativismo brasileiro que a presença no Conselho pode contribuir para atender?

Nossos principais dilemas, pode-se dizer, estão nos arcabouços jurídicos e nas possibilidades de inovação. Nos Estados Unidos, por exemplo, 29% das compras de supermercado já são feitas de forma automática, sem a ajuda de um funcionário no caixa. Precisamos trabalhar para utilizar as tecnologias a nosso favor, acompanhando as tendências de mercado e buscando soluções simples e criativas. No que diz respeito aos arcabouços jurídicos, precisamos vencer resistências importantes que nos impedem de avançar em alguns setores da economia, como o mercado de seguros que tem atuação extremamente ativa das cooperativas no mercado internacional, mas no Brasil não tem previsão legal. Também precisamos investir mais em educação e treinamento de gestores e os fóruns internacionais são importantes para a troca de conhecimentos e experiências. Cada vez mais precisamos ter em mente que o cooperativismo é o caminho quando tanto o governo como o mercado falham. Então, precisamos também medir melhor o impacto das nossas ações e tornar os resultados cada vez mais conhecidos.

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