Primeira captacão de órgãos do Hospital Unimed Campo Grande foi realizada ontem
Data: 03/09/2018 00:00
Autor: OCB/MS
No final da noite desta quinta-feira (30/08) foi realizada a primeira captação de órgãos no Hospital Unimed Campo Grande. O ato só foi possível, pois após a constatação da morte encefálica, a família da paciente foi informada sobre a possibilidade da doação e foi receptiva a ideia.
Os médicos cooperados Eduardo Fernandes Arruda e Adriano Augusto Lyrio foram os responsáveis pela captação dos rins e o banco de olhos da Santa Casa ficou responsável pela captação das córneas. Com a doação, quatro pessoas foram beneficiadas, sendo duas de outros estados.
Para o Dr. Eduardo Fernandes, médico habilitado e cadastrado na Central Nacional de Transplante, este tipo de procedimento é altamente desafiador, mas quando bem sucedido traz uma sensação única de dever cumprido e ajuda ao próximo.
“Fica a sensação de satisfação, de dever cumprido, bem como uma sensação de que todo o tempo dispensado ao aprimoramento e ao ensino valeu a pena. Sem contar na imensa satisfação em poder ajudar pacientes, mesmo que desconhecidos, a alcançarem uma qualidade de vida melhor”, destaca.
Pensando na segurança dos receptores, depois da certificação da morte encefálica, são realizados exames para validar o paciente como doador ou não, pois existem critérios de inclusão e exclusão de órgãos que precisam ser seguidos.
Todo o procedimento contou com o apoio da Organização de Procura de Órgãos (OPO), que possui a atribuição de realizar a busca ativa de potenciais doadores (visita leito a leito), o acolhimento familiar após a autorização da doação e também acompanhamento da cirurgia.
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Muitas vezes, o transplante de órgãos pode ser a única esperança de recomeço para pessoas que precisam de doação. Um único doador pode salvar inúmeras vidas já que, dependendo da idade, ele pode doar coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões.
Conforme dados da Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul, atualmente, são 104 pessoas na fila de espera para transplante de córneas e 71 pessoas na fila de espera por um rim no estado.
“Para que a doação aconteça é preciso ter conversado com a família, porque a doação de órgãos não é mais presumida, agora ela é consentida. Só podemos realizar a captação se a família autorizar, por isso se faz necessário manifestar o interesse de ser doador em vida para que outras famílias sejam beneficiadas com esse nobre gesto da doação de órgãos”, frisou Rodrigo Correa Gomes da Silva, enfermeiro da OPO.
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