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Semana Enef está chegando

Data: 10/05/2018 00:00

Autor: OCB

O uso consciente do dinheiro ainda é algo que precisa ser trabalhado, discutido e estimulado entre os brasileiros. Por isso, o Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef), do Banco Central, apoiado por cooperativas e um pool de parceiros, realizará entre os dias 14 e 20 deste mês, a Semana Nacional de Educação Financeira, mais conhecida como Semana Enef.

O evento já está na quinta edição e tem por objetivo promover uma estratégia nacional de como usar o dinheiro de forma consciente, educada, inclusive poupando e investindo sempre que possível. As ações ocorrem em todo o país e, para isso, o Banco Central conta com o apoio das cooperativas de crédito.

Segundo o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, só em 2017, praticamente metade de todas as iniciativas de educação financeira foi realizada por cooperativas. Nobile também destacou o número de beneficiados com essas ações. “Para se ter uma ideia, no ano passado, 2,6 milhões de pessoas foram contempladas com iniciativas de educação financeira (palestras, minicursos, atividades lúdicas, etc...). Desse total, 46,9% compareceram às ações desenvolvidas pelas cooperativas”, frisou.

Confira abaixo a entrevista completa com o líder cooperativista.  

 

 

 

Qual a importância da Semana ENEF para o cooperativismo?

Renato Nobile – Bem, em primeiro lugar, destaco que as cooperativas, independentemente do ramo, trabalham para transformar a realidade de seus cooperados, empregados, familiares e a sociedade à sua volta.

Por isso, neste momento em que o Banco Central, por meio da Semana ENEF, realizada pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef), propõe ações de educação financeira dos brasileiros, as cooperativas não podem ficar de fora. Nossa participação, portanto, atende a pelo menos dois princípios do nosso movimento: educação, formação e informação e, ainda, interesse pela comunidade.

Falando especificamente sobre as cooperativas de crédito, elas se engajam porque tem no seu negócio a lida com dinheiro. Para elas, quanto mais educados forem seus cooperados, mais chances de potencializar os resultados financeiros e, além deles, os sociais. Para nós, cooperativistas, a educação – em todos os campos – o melhor caminho para a construção de um futuro com melhores oportunidades para todos.

E, assim, juntos, cada um fazendo o que pode para melhorar o seu entorno, faremos parte do processo de construção de um novo Brasil... um país mais justo, equilibrado e próspero.

De que forma as cooperativas podem contribuir com esse processo de educação financeira?

Renato Nobile – Como eu disse, as cooperativas têm feito sua parte para a construção de uma sociedade onde cada indivíduo seja valorizado por sua capacidade de trabalho em prol do coletivo. É claro que cada um tem seus sonhos e luta pela realização deles, mas o que o cooperativismo nos ensina é que podemos trabalhar em conjunto para realizar os sonhos uns dos outros. Desta forma, todos participam do processo e ninguém fica sem ver seu desejo sair do papel. Essa é a relação de ganha-ganha que pauta a cooperativa. Juntos, somamos nossa força para agir coletivamente, num processo constante de enriquecimento social.

Nós acreditamos muito nisso. E, considerando a capilaridade das nossas cooperativas de crédito – afinal de contas estamos em praticamente todos os municípios brasileiros, em alguns deles, inclusive, como a única instituição financeira existente – temos o dever de contribuir.

Palestras e cursos, presenciais ou a distância, sobre o valor do dinheiro, como lidar com ele, onde e como investir e, ainda, como planejar a vida financeira são grandes exemplos de como as cooperativas podem contribuir com a sociedade. Parece simples, mas não é. Ainda tem muita gente que acha que dinheiro é um bicho de sete cabeças e, por isso, tem medo de se informar.

É por isso que estimulamos as cooperativas a fazerem parte desse grande evento de educação financeira, realizando ações locais, com grande repercussão na vida e no modo de agir das pessoas.

O evento está em sua quarta edição. É possível mensurar a contribuição das cooperativas de crédito?

Renato Nobile – Claro que sim! De acordo com os números do próprio Banco Central, praticamente metade de todas as ações realizadas só na última edição do evento, ou seja, em 2017, ocorreu por iniciativa e empenho das cooperativas de crédito. O mesmo ocorreu com relação ao público alcançado por essas ações.

Para se ter uma ideia, no ano passado, durante toda a semana, 2,6 milhões de pessoas foram contempladas com iniciativas de educação financeira (palestras, minicursos, atividades lúdicas, etc...). Desse total, 46,9% compareceram às ações desenvolvidas pelas cooperativas.

E nossa expectativa para este ano é que esse número aumente. Por isso é fundamental que as cooperativas se envolvam ainda mais na divulgação da programação da Semana ENEF. Assim, juntos, podemos fazer do Brasil o país do futuro, já no presente.

Qual a importância da educação financeira no Brasil?

Renato Nobile – Temos a certeza de que a educação financeira é um componente importante para o desenvolvimento sustentável do país. Por isso, eventos como a Semana ENEF funcionam como marcos para discutir esse assunto. Não devemos ter medo do dinheiro. Ele é uma ferramenta que pode melhorar a vida das pessoas e, para isso, é necessário disseminar o conhecimento sobre o que o mercado oferece e, também, estimular o hábito de poupar e o consumo consciente.

Consumir de forma consciente e planejada, aderir ao crédito apenas quando necessário e conveniente, investir em produtos financeiros de origem conhecida, ofertados por provedores de serviço legalmente atuantes no mercado, todos esses são elementos que devem estar presentes na vida do cidadão bem-educado financeiramente, independente da conjuntura econômica que se viva.

Como qualquer processo educativo que vise a mudança de um comportamento, a educação financeira deve ser permanente e continuada ao longo da vida, iniciando-se desde a escola e avançando pela vida adulta. Só com essas discussões é que o brasileiro terá base para saber tomar as decisões mais adequadas e de acordo com sua realidade.

Fonte: Sistema OCB

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