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Sicoob Ipê dribla a crise e cresce ainda mais em 2020

Data: 19/06/2020 00:00

Autor: Sicoob Ipê

O cooperativismo financeiro tem feito a diferença em tempos de crise como os enfrentados atualmente, em que há uma forte queda da atividade econômica. Um bom exemplo é o do Sicoob Ipê, de Mato Grosso do Sul, que já havia experimentado bons resultados em 2019 e conseguiu manter-se na curva ascendente neste primeiro semestre de 2020.

Segundo o diretor executivo da cooperativa, Dimas Amauri Paglione, o Sicoob Ipê registrou no ano passado sobras que passavam dos R$ 662 mil, o que havia sido 179% superior ao verificado em 2018. Mas a singular foi além e, de acordo com os números apurados até maio deste ano, o total alcançou R$ 865 mil, com expectativa que chegue a dezembro ultrapassando R$ 1.7 milhão, representando um crescimento em relação a 2019 de 272 % nas Sobras.

“Temos uma carteira de crédito com 64% no consignado, o que nos coloca em uma zona de conforto, uma vez que o pagamento destas operações depende de repasses do Governo que foram mantidos. Graças a este cenário, não tivemos a adimplência de nossos cooperados comprometida, fazendo com que a receita do Sicoob Ipê não seja prejudicada”, explica Dimas. 

O bom resultado foi alcançado sem que o Sicoob Ipê deixasse de apoiar seus cooperados, muitos deles enfrentando dificuldades financeiras. Uma das decisões tomadas foi a adesão a resolução 4782/2020 do Banco Central, que possibilita às instituições financeiras a prorrogação do pagamento de dívidas. “Estamos em um momento de muito zelo e orientando nossos cooperados no que é possível. Esta foi uma medida que beneficia tanto aos empresários quanto os cooperados de pessoas físicas”, acrescenta.

Já em relação aos resultados alcançados em 2019, o diretor executivo acredita que uma série de fatores contribuiu para que fossem positivos. Uma delas foi a mudança de perfil, passando atender a pessoa jurídica. O Sicoob Ipê foi criado por um grupo de funcionários públicos estaduais, mas a partir de março de 2019, passou a captar empresas. Para oferecer um melhor atendimento, a cooperativa investiu também na contratação de profissionais com experiência em carteiras pessoa jurídica.

“Quando passamos a focar nesta carteira, trabalhamos arduamente na composição de nossas equipes, com a chegada de novos quadros de colaboradores. Do ponto de vista estratégico, isto representa a vinda de negócios de grandes volumes para a cooperativa, conforme os nossos objetivos”, pontua.

Outra ação do Sicoob Ipê foi passar a atuar fortemente como um consultor para seus cooperados, analisando perfis e indicando as melhores formas de investirem seus recursos para crescer. Seguindo a visão cooperativista, o que para outras instituições é chamado de lucro, em cooperativas são os resultados posteriormente distribuídos entre os cooperados. “A maioria das grandes empresas, já conta com setores e profissionais capacitados para este trabalho de consultoria, mas ainda assim oferecemos a nossa análise técnica. No entanto, a cooperativa atua quase como uma sócia investidora, avaliando as possibilidades e riscos de novos investimentos, aquisição de equipamentos ou produtos, entre outras despesas”.

A cooperativa, salienta Dimas, diferente de um banco, que pode captar recursos externamente, depende de fortalecer-se internamente para poder auxiliar seus cooperados. Neste ponto, três pilares são fundamentais para a instituição: depósitos à vista e a prazo e a cota capital, que é a participação societária dos cooperados. Para se manter com solidez e financeiramente equilibrada, a cooperativa deve garantir sua liquidez, o que é inclusive exigido pelo Banco Central. A fórmula do crescimento, portanto, está na essência do cooperativismo e na administração responsável da singular, define o diretor.

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