Um agro forte é seguranca do país
Data: 18/03/2020 00:00
Autor: Capital News
Mas chega o CBIO, crédito de descarbonização, um contrato assinado entre o banco Santander e produtores de biocombustíveis. Graças a resiliência preventiva, o setor de açúcar e álcool, com a Unica e demais agentes envolvidos em todas as formas de energias renováveis, criamos no Brasil o Renovabio e, com ele, o CBIO, que deverá gerar US$ 287 milhões.
Teremos uma colheita recorde de grãos no país. A previsão agora ultrapassa 250 milhões de toneladas. Teremos mais algodão, mais arroz, mais feijão, mais soja, mais milho e mais trigo. Estava ontem na região de Palotina, oeste do Paraná, e além das cooperativas agroindustriais vi algo da inteligência e sabedoria humana.
Grupos de agricultores, de dez, 12 pessoas se reúnem e criam condomínios entre eles e compram um silo. Nele passam a administrar a principal de todas as moedas de um agricultor: sua produção. O silo está para o produtor rural como o cofre para um banco. Contei mais de dez condomínios somente na região de Palotina, no Paraná, onde também duas mil mulheres se reuniram para a semana internacional da mulher, na cooperativa.
E com o dólar alto, a soja a R$ 87 a saca, batendo R$ 90 a saca, dá para ver que onde tem planejamento e estratégia preventiva, a segurança para atravessar as crises é muito maior. E como aprendi com o senhor Nishimura, fundador da Jacto de Pompeia, sábio japonês, ele dizia: "nas horas boas é que se prepara para as ruins, e nas horas ruins se prepara para as boas". Quer dizer, nas crises cresce quem está preparado.
A Hora do Agronegócio, hora de mudanças, mas um agro forte é vital para nosso país.
*José Luiz Tejon Megido
Mestre em Educação Arte e História da Cultura pelo Mackenzie, doutor em Educação pela UDE/Uruguai e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS)
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