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A mais nova unidade da Coamo no MS

Data: 11/09/2012 00:00

A torcida para que a Coamo se instalasse em Maracaju (Mato Grosso do Sul) era grande e um sonho antigo de muitos produtores, em especial daqueles que deslocavam até o município de Caarapó para levar a produção e efetuar negócios com a cooperativa. Após estudos e análise da região, a diretoria da Coamo colocou este ano em assembléia geral para apreciação do quadro social os investimentos para ampliação das atividades em Maracaju e Dourados.

Em Maracaju, a cooperativa começou a funcionar na primeira quinzena de julho com o recebimento de milho safrinha cujos volumes já superaram 800 mil sacas. Para a região de Dourados, a diretoria prevê que na próxima safra de verão os produtores poderão entregar a produção nos armazéns da cooperativa.

O gerente do entreposto de Maracaju, José Sales Saraiva, que estava anteriormente em Abelardo Luz (SC), conta que há muito tempo o produtor da região de Maracaju conhece a Coamo, por conta do reconhecimento nacional da cooperativa e das sementes comercializadas na região. “A qualidade das sementes de soja Coamo é muito forte aqui e o nome Coamo também, pois Maracaju conhece a história da cooperativa,” Segundo Saraiva, a expectativa dos produtores de uma forma geral é muito grande. “Já estamos atendendo com o recebimento de milho safrinha e há um grande número de produtores em processo de admissão como novos cooperados da Coamo em Maracaju”, explica.

PRODUÇÃO – Os números confirmam o bom início dos trabalhos da Coamo em Maracaju. Saraiva revela que a previsão é receber cerca de um milhão de sacas de milho safrinha e atingir a capacidade operacional das instalações. “O recebimento poderia até ser maior, mas com a capacidade atual já estamos superando as nossas metas iniciais.”

Outro aspecto positivo que o gerente ressalta é o fato dos produtores já estarem inseridos no cooperativismo há muito tempo. “A maioria dos produtores são de origem do Sul do Brasil e conhecem ou estão no cooperativismo. Com a Coamo isso vai se fortalecer ainda mais, pois eles já conhecem tudo que a Coamo tem para oferecer. Com isso, o interesse e a adesão tem sido expressiva se considerarmos o pouco tempo de presença da Coamo na região”, considera.

Expectativa positiva dos produtores

O desenvolvimento tecnológico dos produtores de Maracaju é motivo de destaque na agricultura nacional. Considerada a capital da integração lavoura pecuária do MS, a cidade conta com um importante instituto de pesquisa, a Fundação MS, que permite o constante aperfeiçoamento na região, e também com presença forte da colonização holandesa que trouxe tecnologia à agropecuária.

O produtor Jovenal de Oliveira Dias, que desde 1988 está em Maracaju, foi um dos primeiros a entregar milho safrinha nos armazéns da Coamo que vem registrando grande movimentação de caminhões para o recebimento da produção do cereal. O produtor que pratica alta tecnologia na condução das lavouras afirma que a chegada da Coamo em Maracaju é muito positiva. Sem receios, ele diz que a cooperativa favorecerá ainda mais a troca de informações no campo e o desenvolvimento da pesquisa. “Aqui em Maracaju a tecnologia é bem avançada e o trabalho de assistência técnica da Coamo será excelente para nós.”

Desde 2003 ele adquire sementes com a marca Coamo, primeiro de Campo Mourão e depois de Caarapó. Destaca que são muitos os benefícios que a Coamo promove para os associados. “Entre esses benefícios estão os bons preços de comercialização com pagamento à vista e a tradição e segurança de uma cooperativa séria como a Coamo”, considera.

Presente na região de Maracaju há 24 anos – veio do Rio Grande do Sul – Jovenal Dias comenta que escolheu a região para plantar e desenvolver a profissão de agricultor pelo potencial e nível tecnológico. O produtor cultiva 1.400 hectares de lavoura. No verão, planta soja e no inverno milho safrinha e aveia. “As terras de Maracaju são muito produtivas. Quem um dia bebe dessa água, volta”, destaca.

Lourenço Tenório Cavalcante: “A Coamo é forte e muito bem-vinda a Maracaju”

O agricultor e engenheiro agrônomo Lourenço Tenório Cavalcanti, mais conhecido como “Tenório”, é o associado que assinou a ata de fundação da Coamo em 28 de novembro de 1970 com o número 01 entre os 79 fundadores da cooperativa em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná). No dia 13 de agosto, a reportagem do Jornal Coamo encontrou o associado em Maracaju – distante 90 km de Dourados. Ele volta a fazer parte do quadro social da cooperativa após muitos anos e desta vez como optante da mais nova unidade da Coamo no Mato Grosso do Sul.

Com propriedade na região há 35 anos, Tenório também é um dos fundadores da Associação de Engenheiros Agrônomos de Campo Mourão, criada em 1972.

JC: O senhor esperava ser o cooperado número 01?
Lourenço Tenório Cavalcante -Eu fui o cooperado número 01 por acaso, era assessor da Acarpa (hoje Emater), tinha uma área de 15 alqueires em Peabiru e estava ajudando no trabalho de fundação. Como era produtor, o meu nome foi colocado como primeiro da lista.

JC: Como foi a fundação da Coamo?
Tenório - O trabalho coordenado pelo Dr. Aroldo – idealizador da Coamo - foi muito bem feito e organizado. O agricultor tem sempre em mente que precisa de ajuda, de apoio para crescer e a cooperativa cumpre isso. E quando você tem pessoas conhecidas e de bem como tínhamos na época, tudo fica mais fácil.

JC: Como o senhor veio para Maracaju?
Tenório - Eu sai de Campo Mourão com 167 hectares, fruto de cinco sítios pequenos. Eu vim para Maracaju para ajudar um amigo a comprar terras. Fiquei impressionado com a topografia, então troquei 167 hectares em Campo Mourão por 487 em Maracaju. Queria ganhar mais, produzir mais e ter melhores resultados. Constatei que a fertilidade era horrível e então começamos a corrigir o solo. Estou há 35 anos no MS.

JC: O senhor esperava que a Coamo se instalasse no MS?
Tenório - No início não esperava que a Coamo viesse para essas regiões e estivesse perto de mim. Mas quando chegou primeiro em Amambai e depois em Caarapó, comecei a pensar que seria possível. Os agricultores daqui já conheciam a Coamo pela qualidade das suas sementes. Eu acompanhei a trajetória da cooperativa pelo Jornal Coamo, a presença dela é uma novidade física, mas o nome Coamo é muito forte. A minha expectativa é muito positiva, pois temos terras muito férteis, moramos numa região pujante com tecnologia e produtividades, e a Coamo está num nível muito bom para nos ajudar a melhorar.

JC: Qual é o momento agrícola de Maracaju?
Tenório - É muito favorável e produtivo, com estrutura muito boa e agricultores bem informados e especializados no que fazem. A Coamo tem qualidade e uma história de sucesso com ênfase na difusão de tecnologias, gestão e administração. É uma empresa séria e de confiança. Por isso, é que afirmo que a Coamo - uma empresa de ponta - é muito bem vinda em Maracaju.

JC: Como foi o reencontro com o Dr. Aroldo recentemente?
Tenório - A nossa história é antiga, em 1963 fizemos cursinho para o vestibular de Agronomia na Universidade Federal do Paraná em Curitiba. No ano seguinte já estávamos estudando e nos formamos em 1967. Ele foi primeiro para Campo Mourão, tenho um respeito e uma admiração muito grande pelo Dr. Aroldo, que sempre foi um lutador, buscando e “brigando” muito para alcançar seus ideais e sonhos.”

JC: Qual a mensagem para os associados?
Tenório - É muito importante a seriedade nos negócios e fazer as coisas com honestidade e justiça, seja na nossa família, cidade, país. Eu vejo com satisfação que a Coamo tem isso, tem uma história de bons exemplos e resultados, com assistência técnica de alto nível não só para que o agricultor cuide da terra, mas da gestão e do empreendimento como um todo.

Maracaju: referência no MS

Graças à agropecuária, Maracaju vem contabilizando um grande desenvolvimento ao longo dos anos. Emancipada há quase 84 anos, está localizada na região Sudoeste do MS. Possue aproximadamente 40 mil habitantes sendo a sexta cidade mais rica do Estado.

Lavoura-Pecuária - É um dos maiores produtores de soja do MS com 220 mil hectares de área plantada. O sistema de plantio direto da soja em pastagens foi iniciado em 1989. Desde 2010 é conhecida como a Capital da Integração Lavoura Pecuária do MS.

Fundação MS - Em março de 1982 foi criada no município a Fundação MS para pesquisa e difusão de tecnologias agropecuárias. Promove anualmente o maior evento tecnológico do agronegócio do Mato Grosso do Sul repassando as últimas tecnologias geradas pela pesquisa aos produtores.

Origem – “Maracaju” significa “água de maracá”, por meio da junção de mbara’ká (“maracá”) e ‘y (“água, rio”). É uma referência à Serra de Maracaju.

Linguiça - Maracaju é conhecida pela sua tradicional Festa da Linguiça. Com receita especial, o embutido ficou famoso ao entrar no Guinness World Records como a maior linguiça contínua do mundo.
 

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