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Comissões discutem melhorias para o consumidor no sistema financeiro nacional

Data: 09/09/2011 00:00

Apresentar propostas e discutir os principais problemas enfrentados pelo consumidor do setor financeiro, especialmente a democratização do crédito foi o objetivo do Seminário "Sistema Financeiro Cidadão", realizado hoje (24/8), na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Promovido pelas Comissões de Defesa do Consumidor (CDC) e Finanças e Tributação (CFT), o evento contou com a participação do gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti, como um dos expositores.

Em sua apresentação, Giusti abordou os benefícios encontrados nas relações entre as cooperativas de crédito e seus associados. “O sócio de uma cooperativa é proprietário, dono do negócio. Essa relação faz com que a cooperativa de crédito tenha uma atuação que caminha ao encontro das necessidades dos associados, promovendo um ambiente que o beneficie, com atendimento adequado, taxas de juros e tarifas mais acessíveis, por exemplo; diferentemente do que às vezes se encontra no mercado bancário convencional”, explicou.

Para Giusti, o conjunto formado pela alta concentração do mercado, baixa educação financeira da população e altíssimas taxas de juros e spreads são os vilões que precisam ser combatidos para que o Brasil tenha, verdadeiramente, um sistema financeiro cidadão. “É necessário desconcentrar o mercado financeiro, e as cooperativas são uma alternativa muito interessante para auxiliar no processo de inclusão financeira, acesso ao crédito e regulação de preços”, afirmou. Também estiveram presentes como expositores o consultor do Departamento de Normas do Sistema Financeiro do Banco Central (BC), Anselmo Pereira Araújo Netto, o diretor de Autorregulação da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Gustavo Marrone, e a Coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) Maria Inês Dolci, entre outros.

Enfatizando a importância de se discutir a organização do sistema financeiro nacional, o presidente da CDC, deputado Roberto Santiago, destacou que o mesmo deve promover o desenvolvimento equilibrado do país e servir aos interesses da coletividade. “É oportuna a discussão do sistema sob a ótica do consumidor bancário, da inclusão financeira, da redução das desigualdades regionais e sociais, do desenvolvimento com a geração de emprego e com a preservação ambiental”, afirmou.

Segundo o parlamentar, o sistema financeiro brasileiro é um dos mais competitivos e lucrativos, mas ao mesmo tempo vem ocupando o primeiro lugar em reclamações nos Procons e no Sindec (Sistema de Defesa do Consumidor). Para ele, esse grau de desrespeito é decorrente de fatores como a complexidade dos serviços, ausência de informações claras e imenso poder econômico das empresas do setor. “A expectativa da CDC com a realização desse Seminário é contribuir com instrumentos que permitam a inclusão financeira com maior transparência, priorizando ainda a educação financeira de seus consumidores”, declarou o presidente.

 

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