Com a greve nos bancos públicos e privados avançando nesta semana, os consumidores acabaram tendo suas opções de usar serviços bancários ainda mais restritas com o início de greve também nos Correios, hoje um dos principais correspondentes bancários do país. Uma boa alternativa para os consumidores, principalmente no pagamento de contas diversas, é o cooperativismo de crédito, que tem colocado suas agências e Pontos de Atendimento ao Cooperado (PACs) à disposição de cooperados e não cooperados.

Mesmo sendo um serviço segmentado (atende prioritariamente ao público cooperado), as cooperativas dos dois maiores sistemas de crédito cooperativo do país (Sicoob e Sicredi) colocam seus serviços à disposição do público. Nas agências das cooperativas é possível pagar vários tipos de contas. O comando de greve dos bancários se reúne hoje, em São Paulo, para definir formas de ampliação do movimento, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Ontem (20), no terceiro dia de greve, as paralisações atingiram 8.527 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e no Distrito Federal. No primeiro dia de greve, 5.132 agências foram fechadas. No segundo dia, a greve recebeu adesão em 7.324 agências. No último dia 12, a categoria rejeitou a proposta dos banqueiros de reajuste de 6% e decidiu entrar em greve na terça-feira (18).

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25%, piso salarial de R$ 2.416,38 e outros benefícios. A greve nos Correios começou na última quarta-feira (19). Com a paralisação, foram suspensos os serviços com hora marcada, entre eles o Sedex 10, o Sedex Hoje e o Disque-Coleta, na Grande São Paulo e nos estados do Paraná e do Tocantins, além do Distrito Federal. A paralisação atinge 20 estados. Segundo a direção dos Correios, apenas 9% dos 120 mil funcionários da empresa aderiram à greve até agora. Já o comando de negociação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) estima uma adesão média de 60% nos estados que deflagraram o movimento.

(Com informações da Agência Brasil)