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Cooperativas e eleicões

Data: 06/10/2010 00:00

"O poder emana do povo, logo as pessoas devem sim se organizar e discutir para melhor escolher os seus líderes e lhes dar condições para que se tornem candidatos aptos a disputar uma posição no cenário político do país"

Márcio Lopes de Freitas - Presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)

Buscar uma representação política atuante e comprometida com o cooperativismo a partir do exercício da cidadania. Estamos falando de uma preocupação do Sistema Cooperativista Brasileiro, que se concretizou como direito com a nova lei eleitoral, 12.034, sancionada em setembro do último ano. A nova legislação confere ao setor as mesmas condições de participação nesse processo de representação política que outras empresas, de formas econômicas distintas. A atitude eleitoral vai além do direito de votar e ser votado, é verdadeiro ato cívico. O poder emana do povo, logo as pessoas devem sim se organizar e discutir paramelhor escolher os seus líderes e lhes dar condições para que se tornem candidatos aptos a disputar uma posição no cenário político do país.

Nesse sentido, nada mais legítimo que o cooperativismo, com tamanha expressividade econômica e social, tenha o direito de apoiar e escolher aqueles que serão seus representantes no Legislativo, seja em âmbito federal, estadual ou municipal. O setor atua em 13 ramos de atividades econômicas, reunindo 7.261 cooperativas, 8,2 milhões de associados e 274.190 empregados. Sua atuação acontece tanto no meio rural quanto no urbano. O setor responde por 5,39% do PIB brasileiro e por umamovimentação econômico-financeira de R$ 88,5 bilhões. Para a conquista desse espaço, visando o crescimento constante, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)atua há 40 anos em defesa das causas cooperativistas junto aos Três Poderes e outras instituições. Assim como os demais setores da economia, o cooperativismo tem carência de políticas públicas que atendamas suas necessidades.

Para o direito de escolha ser pleno e cada vez mais consciente, os cidadãos devem se organizar, discutir e fortalecer a representação de seu segmento econômico e social. Isto representa o exercício coletivo da cidadania. Não significa doação de recursos,mas comprometimento com os candidatos, e destes para com o setor cooperativista, não importando a bandeira ideológica ou partidária, e sim o compromisso com as causas do cooperativismo. E, no âmbito do Congresso, a defesa desses temas tem na atuação da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) um fator determinante. Uma das mais antigas frentes, criada em 1986, a Frencoop, neste último mandato, contou com o empenho de 245 parlamentares que representaram o cooperativismo na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

Os resultados desse trabalho são vistos a cada ano e nos 13 ramos de atividades econômicas em que o cooperativismo se faz presente. As vitórias são decorrentes do comprometimento de dirigentes do sistema e parlamentares de todo país, e o caminho está em dar continuidade a esse processo. Somos organizações de pessoas e nossa força está justamente neste diferencial. Por tudo isso, mais uma vez, estaremos unidos também na escolha de nossos representantes. Vamos contribuir para o correto exercício da democracia e para a consolidação e o desenvolvimento do Sistema Cooperativista Brasileiro.

Veículo: Brasil Econômico
Publicado em: 04/10/2010 - 07:00

 

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