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Cooperativismo de crédito alinha programa de profissionalizacão

Data: 16/02/2012 00:00

 Investir na profissionalização de seus integrantes. Esse é o desafio do cooperativismo de crédito brasileiro para os próximos anos. Em mais uma etapa para o desenvolvimento do Programa Nacional de Educação do Crédito Cooperativo (Educredi), membros do Comitê Educacional do Ramo Crédito (Cerc) do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) estão reunidos em Brasília (DF) nesta quarta e quinta-feira (15 e 16/2) para dar continuidade ao desenvolvimento dos dois projetos que compõem o programa: Formacredi e Qualicredi.

O comitê, instituído em 2010, tem por atribuição desenvolver uma diretriz nacional de capacitação para o cooperativismo de crédito brasileiro. A demanda partiu do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (Ceco), ligado à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O Sescoop, visualizando a relevância do tema para o setor, traçou objetivos em seu planejamento estratégico contemplando a questão. Paralelamente a esta iniciativa, o Banco Central do Brasil (BC), órgão regulador das cooperativas de crédito, apontou em suas inspetorias gerais a necessidade de promoção de programas de capacitação e treinamento para o Sistema de Crédito Cooperativo, visando a sua eficiência e profissionalização.

Nesta primeira reunião do ano, o grupo tem por missão avaliar e discutir o conteúdo e metodologia propostos para o Formacredi, cujo público alvo são conselheiros (de administração e fiscal) das cooperativas de crédito. “O objetivo do Formacredi é aprimorar a gestão estratégica das cooperativas, oferecendo às turmas um currículo à altura das exigências do mercado atual”, explica a analista de Desenvolvimento e Gestão do Sescoop e integrante do Comitê, Márcia Oliveira.

Ainda este ano, estão previstas as turmas-piloto do projeto, com posterior repasse da metodologia e conteúdo às unidades estaduais do Sescoop. Em 2013, a instituição deverá disponibilizar o material para execução do Formacredi pelas unidades estaduais. Quanto ao Qualicredi, cujo objetivo é promover a qualificação profissional dos empregados dos diversos níveis funcionais das cooperativas de crédito, será realizado um processo de mapeamento de competências para elaboração de itinerários formativos e matrizes curriculares para esse público.

A gerente Andréa ressalta que o trabalho desenvolvido pelo Cerc servirá, também, de espelho para o sistema cooperativista brasileiro. A partir do próximo mês, o ramo Saúde estará dando início à estruturação do seu programa de profissionalização e as experiências do Educredi serão fundamentais para orientar as atividades. “Temos a oportunidade para obtermos um feedback dos rumos que estamos traçando. O sucesso desta ação será importante para o cooperativismo brasileiro como um todo”, destaca a gestora.

Menos riscos - A Coamo - maior cooperativa de produção de grãos da América Latina, com sede em Campo Mourão (Centro-Oeste do estado) - avalia que o trigo merece espaço para que os agricultores não se exponham cada vez mais unicamente aos riscos do milho de inverno. O presidente da cooperativa, Aroldo Gallassini, acredita que o trigo, com demanda interna duas vezes maior que a produção, pode ser mais valorizado a medida em que o país for resolvendo seus gargalos logísticos.

Região tradicional - O desinteresse se expressa inclusive em regiões tradicionais no cultivo do trigo, como a área de atuação da cooperativa Agrária, que tem sede em Entre Rios, em Guarapuava (Centro do estado) e opera um moinho há meio século. A área de trigo chegou a 31 mil hectares em 2008 e, desde então, vem caindo ano a ano. A previsão é que sejam plantados 24 mil hectares em 2012, 23% a menos. "Se liberássemos a área de cevada (atualmente com teto em 29 mil hectares), a do trigo ficaria ainda menor", observa o agrônomo Leandro Bren. O moinho da Agrária vem processando de 128 mil a 148 mil toneladas de trigo ao ano. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

 

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