À ética e organização de trabalho proposta pelos tecelões ingleses somaram-se outras idéias progressistas e humanistas, possibilitando que em 1886, durante o II Congresso das Cooperativas de Consumo realizado em Lyon, na França, fossem aprovadas, junto aos participantes - associados, trabalhadores, professores e estudantes - as "doze virtudes" da doutrina cooperativista, que por sua atualidade merecem ser conhecidos:
- Viver melhor
- Através da solução coletiva dos problemas.
- Pagar a dinheiro
- Este sadio hábito evita o endividamento que gera a dependência..
- Poupar sem sofrimento
- A satisfação das necessidades dos cooperados deve ser prioritária, isso é importante para a definição do que pode ser feito com as sobras.
- Suprimir os parasitas
- Afastar os atravessadores na compra e na venda de produtos e serviços.
- Combater o alcoolismo
- Viver de maneira sadia, evitando os vícios e enfrentando a realidade, com coragem.
- Integrar as mulheres nas questões sociais
- Ressalta a importância da participação feminina.
- Educar economicamento o povo
- A educação é uma ferramenta para o desenvolvimento do homem.
- Facilitar a todos o acesso à propriedade
- É essencial unir esforços para conquistar os meios de produção.
- Reconstituir uma propriedade coletiva
- Para ter acesso à propriedade, o passo inicial é investir em um patrimônio coletivo.
- Estabelecer o justo preço
- O trabalho tem de ser remunerado e os preços definidos sem intenção especuladora.
- Eliminar o lucro capitalista
- O objetivo da produção é a satisfação das necessidades humanas.
- Abolir os conflitos
- As disputas diminuem pelo fato de que o associado é dono e usuário da cooperativa.