Sindicato rural quer formar cooperativa
Data: 13/05/2010 00:00
O Sindicato Rural de Campo Grande está iniciando estudos sobre a viabilidade de uma cooperativa para levar ao consumidor final carne de novilhas de qualidade. Para isso, o sindicato convoca os interessados para debater sobre o assunto. De acordo com matéria publicada pelo jornal Correio do Estado, no dia 15 de fevereiro o consultor pecuário Carlos Eduardo Dupas explicou que a proposta existente é baseada na experiência de produtores de Guarapuava, no Paraná. Em agosto do ano passado, Carlos Dupas, o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, José Lemos Monteiro, e o coordenador da Área Técnica do sindicato, João Borges, foram conhecer a iniciativa dos paranaenses.
Um grupo de 20 produtores se reuniu e formou a Cooperalianca, uma cooperativa fundada a partir de uma alianca mercadológica estratégica que abrange não só a producão, mas o abate e a comercializacão dos animais.
Depois de atingirem uma producão de qualidade com animais precoces, superprecoces e hiperprecoces, os produtores decidiram investir na comercializacão. Se uniram em uma cooperativa e passaram a utilizar a estrutura terceirizada de um frigorífico para realizar os abates.
Conjuntamente, passaram a negociar diretamente com os supermercados e varejistas da região, obtendo um resultado de vendas animador.
Os animais têm sido comercializados, em média, por R$ 88 a arroba. Segundo ele, o rigor mantido pelos criadores na manutencão da qualidade da carne, aliado à união por meio da cooperativa, lhes garante poder de barganha na hora da comercializacão. 'Os supermercados bancaram os precos pela qualidade da carne', enfatiza.
'Mas é algo sério, que precisa ser muito bem planejado e tudo bem executado', afirma. Precisa seriedade e competência na gestão. No Paraná, há cerca de tr~es anos a cooperativa mantém a regularidade da entrega de 200 carcacas por semana, sendo que o próximo passo é trabalhar com a desossa, um modo de agregar ainda mais valor a carne produzida.
Se o nível de organizacão e os resultados obtidos pelo grupo impressionam, o mais surpreendente é que não se trata de grandes criadores. Conforme Dupas, a média das propriedades fica entre 160 e 200 hectares, pois a terra é cara nessa região.
Talvez por isso o empenho em elevar a produtividade.'O presidente da cooperativa tem uma fazenda de apenas 60 hectares e abateu 700 animais no ano passado. E já atingiu faturamento de R$ 1 milhão', enfatizou. Isso tem sido possível com a compra de bezerros criados em confinamento, com a venda na faixa dos 12 e aos 18 meses. (Maurício Hugo- Correio do Estado publicado no dia 15 de fevereiro)